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Entrevistamos Rov, brasileiro que tem dominado o catálogo da Loulou Records

Produtor alcançou seu quarto lançamento pelo selo, mas este é apenas o começo

  • Maria Angélica Parmigiani
  • 8 June 2021
Entrevistamos Rov, brasileiro que tem dominado o catálogo da Loulou Records

A trajetória artística contempla em si diversas sensações e fases, mas se tem uma que inquestionavelmente traz muitos benefícios é conseguir a chancela de uma gravadora renomada no mercado fonográfico mundial.

Além da energia criativa que isso promove, há também o fato de ter seu trabalho divulgado em amplo espectro, o que pode abrir novas portas. Pedro Roviriego, mais conhecido como Rov, sabe bem como é essa sensação.

O jovem artista, nascido no interior de São Paulo, já avançou algumas casas em sua carreira e está em seu quarto lançamento na gigante Loulou Records, de Jérôme Denis, ou melhor, o conhecido Loulou Players.

Em sua nova passagem, ele apresenta o EP Jack The House, que centraliza muito bem seus objetivos de combinar a essência da House Music americana com o Tech House.

Composto por duas faixas, o projeto mostra as influências musicais de Pedro retiradas de gravuras como Soul e Funk.

Além disso, o artista mostra sua desenvoltura através da concepção das tracks. A faixa-título surgiu através de um bassline acústico e “Wanna Heat” recebe colagens de samples retiradas de um anúncio de voo e som de xilofone.

Conversamos com ele para saber mais da sua história, suas referências, sobre o release e planos futuros.

Mixmag: Olá Pedro, tudo bem? Obrigada por nos conceder essa entrevista. Vamos do começo. Você começou cedo seu relacionamento com a música com bateria, percussão e violão. Conte-nos um pouco sobre sua trajetória com a música.

Olá, Mixmag! Muito obrigado pelo espaço de falar sobre meu trabalho aqui.

A música está no meu sangue desde criança e foi através de parentes que tive a curiosidade de tocar instrumentos, tenho familiares que são bateristas e logo pequeno ganhei uma bateria, depois na adolescência iniciei a tocar violão e posteriormente na época da faculdade iniciei a tocar bongô.

E como descobriu a paixão pela música eletrônica e pela produção musical?

Na adolescência, fui passando por vários estilos de som até chegar no eletrônico. Comecei a frequentar eventos no estilo e aquilo me tocou, era exatamente o que procurava, me encantei com os timbres, o groove, e me despertou uma grande curiosidade em saber como era feito, queria aprender fazer minhas próprias músicas e foi aí que iniciei na produção musical e com o passar do tempo a vontade de produzir só aumentou.

Quais são as maiores referências para você hoje a nível nacional? E internacional?

Dentro da música em geral as minhas maiores referências são do Rock, Funk ,Soul e Blues. Tive uma fase na adolescência que ouvia muito esses estilos e busco trazer um pouco disso nas minhas faixas. Dentro da música eletrônica, alguns artistas que posso citar que me inspiraram bastante no início foram o Fisher, Josh Butler, Chris Lake e Latmun, me encantei muito com o House e o Tech House.

Você tem lançamentos relevantes em grandes selos como a Loulou Records, onde você novamente está lançando o EP Jack The House, como foi esse processo? Já existe um relacionamento com a gravadora atualmente?

A Loulou Records foi o primeiro grande selo que lancei e foi algo muito especial para minha carreira, sempre admirei muito o trabalho de Loulou Players e do Kolombo, e gosto muito da sonoridade da gravadora.

Depois do primeiro lançamento, tive vontade de fazer mais músicas para lançar lá. Todo o relacionamento foi feito pela internet, o Loulou Players sempre foi muito atencioso comigo nos e-mails e isso também me motivou a mandar mais músicas para ele.

Você já teve suporte de artistas como Marc Kinchen, Sirus Hood e Loulou Players. Como é a sensação de ter seu trabalho reconhecido por grandes nomes assim?

A sensação é muito recompensante e faz todo o esforço valer a pena.

Se pudesse dar um conselho para quem está pensando em se aventurar com a Dance Music, o que você diria?

Muito foco, produção massiva e não ter medo de "sair da caixa", buscar referências fora da música eletrônica e tentar trazer o máximo possível do seu Eu na música.

E por último, quais os planos futuros na produção musical?

Meus planos são internacionalizar o meu som e se tornar referência dentro do House Music mundial. Estou trabalhando muito para que isso aconteça.

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