Entrevista Exclusiva: Motor City Drum Ensemble
Produtor conta como a música Brasileira influencia seu trabalho
Danilo Plessow é o nome por trás do Motor City Drum Ensemble. O produtor alemão, conhecido por seu house suingado e suas influências de soul, funk e jazz, ganhou espaço fazendo sets dançantes que passeiam entre diversos gêneros, entre eles, a música brasileira.
Batemos um papo com ele sobre a influência dos ritmos brasileiros no seu som e o que ele tem preparado para seu set no Dekmantel Festival este fim de semana em Amsterdam.
Você descobriu seu amor pelo jazz ainda na infância. Quando você descobriu a música brasileira e qual foi seu primeiro contato com ela? Você se lembra de alguma música ou artista dessa época?
Meu primeiro contato com a náutica brasileira foi através dos meus pais, com o álbum do Stan Getz com o João Gilberto quando eu tinha uns 11 anos. Depois disso, aprendi muito com Rainer Truby e Gilles Petterson, que me importaram muito em descobrir mais sobre a música brasileira.
Você está reformando seu estúdio na Alemanha e voltará a trabalhar nas suas produções outra vez. Podemos esperar alguma influência brasileira nos seus próximos sons?
Minha música é influenciada por tantos estilos diferentes...muito provavelmente minhas novas músicas terão alguma influência brasileira. Eu ainda quero trabalhar com algumas percussões brasileiras como a cuíca e o berimbau.
Publicamos recentemente uma matéria sobre os ritmos brasileiros no Dekmantel Festival, em Amsterdam, com um show inaugural do trio brasileiro Azymuth, e sets de artistas como você e o Palms Trax, que são conhecidos por mandar trucks brasileiras nos seus sets. Você já tem algo preparado para o seu set dessa edição?
Alguns dos meus favoritos no momento são: Junior Mendes – “Toque Tropical”, o LP do Zeca do Trombone, Cristina Camargo e “Moral Tem Hora”, uma música comprada em minha última visita ao Brasil há 5 anos. Resolvi escutá-la pela primeira vez há umas duas semanas e pirei. Agora tenho que encontrá-la no meio de todos os meus discos…
Você recentemente se apresentou em Barcelona e a público alucinou quando você tocou “Acenda o Farol” do Tim Maia. Tem alguma música brasileira em particular que faz o público europeu pirar?
Essa música chegou até mim pelo Antal Heitlager (assim como muitas outras). Eu adoro essa track e o 12’’ tem um som gordo, com muito grave. Existem muitos outros clássicos brasileiros como esse. “Estrelar”, do Marcos Valles, por exemplo, é uma que SEMPRE funciona.
Você é conhecido por ser um caçador de vinis e, em suas entrevistas, sempre dá dicas de boas lojas de disco ao redor do mundo. Em sua última visita ao Brasil, você teve a chance de comprar vinis? Achou algo interessante?
Na verdade, eu gastei com discos mais do que eu tinha ganhado tocando durante toda turnê. Mas eu encontrei um monte de achados como o primeiro álbum do Azymuth, quase todos os álbuns do Marcos Valle (5 anos atrás eles ainda eram relativamente baratos), Tenorio Jr., muita coisa do Robson Jorge/Olivetti, raridades do Quarteto em Cy, 4 cópias do Clube da Esquina, União Black, entre outros. Eu acho que minha bagagem tinha 40kg a mais no final. Eu preciso voltar!
Foto: Reprodução
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