Desvendando Untenable System, debut álbum do brasiliense Komka
Produtor revelou detalhes com exclusividade à Mixmag
Dia 07 de agosto é uma data que irá ficar marcada na história, pelo menos para o DJ e produtor João Komka, já que nesta sexta-feira ele concebe seu disco de estreia Untenable System.
São 12 faixas originais que se entrelaçam entre si promovendo um diálogo entre Techno, Electro, Acid e Rock; existem tanto produções mais antigas que foram revisitadas, como novas pérolas criadas neste ano, tudo com uma roupagem que brinca com a estética old school e contemporânea num vai-e-vem de sensações e emoções.
Komka conta que, no ano passado, adquiriu alguns sintetizadores da série Boutique da Roland, que refez seus synths clássicos, um armamento e tanto para seu álbum: “TB-03, TR-08, TR-09, SH-01A, JU-06, JP-08 e VP-03 são os synths que mais usei durante a produção, além do Moog Sub37, da guitarra Squier - inspirada na clássica Fender Stratocaster - os synths virtuais como Serum e também os pacotes da Arturia, Native Instruments e Waves”.
Dos vocais robóticos gravados por João até as colaborações com Fadul, Perrelli e Nina Mess, o disco cria uma aura de mistério em tom pessimista e até mesmo revoltado através de algumas músicas, mas também fala sobre amor e esperança.
“Todas as faixas são importantes pra mim e carregam seus significados particulares. Algumas condizem com momentos mais calmos, outras nem tanto (risos).
Cada uma representa algo dentro de mim, mas se for pra escolher uma, fico com a faixa que dá título ao álbum, Untenable System”, revela.
Hoje está com 35 anos, destes, Komka possui quase 20 de carreira artistica, tempo que lhe fez amadurecer e criar carinho por alguns projetos que, mesmo de forma indireta, marcaram presença no disco: “revisitei minhas influências a partir do meu subconsciente, de tudo que vivi até aqui”, ele afirma, citando referências como Kraftwerk, Chemical Brothers, Massive Attack, Kavinsky, Nirvana, Anthony Rother, Radiohead, Vitalic e Boys Noize.
E aquela velha histórica de que ninguém faz nada sozinho aparece por aqui também quando ele fala das collabs do disco.
“Fadul é um amigo talentosíssimo de um senso de humor contagiante. Ele sempre me chamou para fazermos música juntos e tem dado muito certo! Desde o início da pandemia não produzimos juntos e não vejo a hora de retomar a parceria”.
Perrelli, que colaborou em Daydream, é outra conhecida do artista de tempos atrás, tanto que ele foi responsável por ensiná-la as técnicas de DJ: “Sempre foi muito talentosa, mas tive certeza disso quando fizemos um projeto juntos - o Come and Hell.
Ali descobri que além de uma excelente DJ, de muito bom gosto e com influências próximas às minhas, tinha uma voz incrível e exploramos bastante isso com o Come and Hell. Hoje seguimos rumos diferentes, mas não poderia deixar de convidá-la para participar do álbum”, relembra.
Por fim, mas não menos importante, também há um laço afetivo ainda mais forte neste LP: “Nina Mess e eu namoramos há pouco mais de um ano. Ela acompanhou diariamente e intensamente todo o processo de produção do álbum e colaborou com letras e com vocais para as músicas. Sou grato por todo o cuidado que ela tem comigo, por toda a vibração e incentivo que ela me dá a cada dia. Esse álbum não seria o mesmo sem ela”.
Untenable System está disponível nas principais plataformas digitais e você pode ouvi-lo na íntegra logo abaixo:
Photos: Divulgação