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Ouvir música afeta o desempenho nos esportes?

Uma relação com muitas facetas

  • Mixmag Team
  • 25 July 2018
Ouvir música afeta o desempenho nos esportes?

A relação entre a música e o esporte é extensa e inegável sob diversos pontos de vista. É, de fato, uma relação com muitas facetas.

Seja pela canção entoada numa arquibancada lotada, seja pelo megashow de abertura dos Jogos Olímpicos, seja pelos atletas que adentram arenas portando fones de ouvido, os pontos de contato entre música e esportes rendem muito assunto.

Hoje, o recorte do tema será específico: ouvir música pode afetar positivamente o desempenho de um atleta? De pronto, podemos dizer que sim.

Diversos estudos comprovam a influência da música na atividade física e o assunto já conta com uma vasta bibliografia especializada.

Mas engana-se quem pensa que essa relação pode ser apenas benéfica: muitos atletas e especialistas apontam possíveis malefícios da prática entre profissionais e amadores.

Mas vamos começar pelas vantagens. A primeira delas parece meio óbvia, apesar de levemente mística: o poder da música.

Quem nunca se emocionou ao ouvir certa canção? A música realmente tem a capacidade de mexer com o nosso lado emocional, despertando emoções intensas, evocando lembranças marcantes e inspirando mudanças.

É devido a esse “poder” que a prática de esportes enquanto se escuta música pode de fato melhorar o desempenho do atleta.

A música consegue alterar o estado da mente das sensações negativas para as positivas. Assim, a nossa mente imediatamente tira o foco do cansaço e da dor, diminuindo drasticamente a percepção de esforço.

A música atua numa região do cérebro humano conhecida por núcleo accumbens, uma parte da via de recompensa que gera sensações como prazer, impulsividade e comportamento maternal.

Uma vez ativada, ocorre a liberação de dopamina, o que acaba por melhorar o nosso humor e sensação de felicidade, além de atenuar sentimentos negativos como depressão, tensão e raiva.

Outra grande vantagem da música durante a prática esportiva é que ela se adapta facilmente às necessidades imediatas do atleta. Ela pode servir tanto para o atleta que precisa regular sua ansiedade antes de uma importante competição, como para “pilhar” e energizá-lo momentos antes da disputa.

O ritmo de uma música também pode ser usado para sincronizar movimentos, treinar ritmo, constância e frequência.

Alguns estudos mostram que os movimentos do atleta são diretamente influenciados pela batida das melodias, o que ajuda o profissional a regular seus gestos. Isso permite, por exemplo, que uma atividade física dure muito mais tempo e melhore ainda mais o desempenho.

Quem acompanha o mundo esportivo já está acostumado a ver os atletas no pré-jogo ostentando seus potentes fones de ouvido.

Dos craques da Seleção Brasileira, como Thiago Silva e Philippe Coutinho, aos astros da NBA, como Lebron James e Kevin Durant, a cena tornou-se corriqueira.

Inclusive, nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, o nadador esloveno Darko Duric quase entrou na piscina usando seu fone de ouvido. Ao explicar a confusão, o atleta contou que estava muito concentrado ouvindo… Sepultura!

No mundo do poker também não é diferente. Nomes de peso da modalidade frequentemente recorrem à música para manter lá em cima os níveis de adrenalina e energia.

A música, para estes atletas, age como uma ferramenta ideal para manter o foco durante os torneios. Mas atenção: certas modalidades do esporte requerem tanta atenção que é melhor deixar os fones de lado. É o caso do Zoom, conhecido como a modalidade mais rápida do mundo e que exige uma concentração total na partida.

E é justamente essa possibilidade de distração que torna a prática de ouvir música durante o esporte, por vezes, até desaconselhável. O atleta pode acabar não sentindo o seu próprio ritmo e se cansar mais rápido. Um corredor, por exemplo, precisa estar muito atento à sua frequência cardíaca e respiração. A prática também pode prejudicar a audição.

O mais importante é que cada atleta preste atenção no que a música realmente lhe traz de benefícios. Medir os prós e os contras da prática e atuar sempre dentro de um equilíbrio, respeitando os limites do corpo. Tendo tudo isso em mente, basta caprichar na playlist e partir para o treino.

Imagem 01: Reprodução Web

Photo Megan Stanton: TSgt Samuel Morse

Photo LeBron James: Christopher Johnson

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