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Not Another: Genuinamente Glocal

Conheça a história por trás desse novo label brasileiro

  • Raul Cornejo
  • 10 October 2016

Not Another conta detalhes de suas origens e entrega algumas das razões pelas quais tem se mantido como um dos mais promissores do cenário atual, além de revelar que mal começaram. O coletivo iniciou suas atividades há um ano e já granjeou apoio entre muitos DJs, expandindo sua rede de talentos globalmente. Leia a seguir!

1 Parte 1

Se for para agrupar quem toca o selo: cuida de A&R, organiza todos os lançamentos, paga os boletos… quem seriam essas pessoas?

George: As funções ficam espalhadas entre mim(George Gomes), Be Morais, Rodrigo Ilino, Fernando Marx e Danny Oliveira.

Eu e o Bernardo dividimos o gerenciamento do label. Também divido parte do A&R com o Danny Oliveira, que cuida do engineering junto com o Jake (que é um parceiro nosso desde o início, responsável pelos masters).

Rodrigo e o Danny cuidam da parte visual em conjunto com o Davi Leventhal e o Pedro Muniz. Fernando é mais envolvido com a parte de eventos e festas, por enquanto.

O nome de um selo normalmente já entrega muito de suas intenções ou de sua proposta, e o Not Another já é bem lacônico ao se distinguir dos restantes. Além disso, de propor algo diferente, o que impeliu vocês criarem-no?

George: Sair do lugar comum e fazer algo diferente do que vinha sendo feito em Recife. O Conceito é bem maior do que apenas um selo ou uma festa, apesar de atualmente o selo estar dominando 100% o nosso tempo e esforço.

De início, o selo era mais uma idéia minha dentro de todo o escopo conceitual pra incentivar o pessoal a produzir e pra termos uma casa nossa.

O Be Morais já tava produzindo muito bem e preparando seus primeiros lançamentos e eu e o Danny estávamos cansados desse processo de mandar demo para outros selos.

99% das vezes essas músicas acabam perdidas no limbo, sem ter sequer uma resposta, ou então lançarmos por selos que não nos sentíamos em casa.

Como somos de uma região fora do eixo, sempre ficamos meio que de lado da cena do restante do país e isso também incentivou a partirmos pra algo menos local e mais global, pra mostar que no Nordeste também tem força criativa na música eletrônica.

Sempre acreditamos no trabalho coletivo e que fazendo junto conseguiremos ir mais longe e com mais consistência do que sozinhos.

Bernardo: Eu, desde o início, vi a Not Another como uma plataforma. Todos nós, os que George mencionou, nos conhecemos há um bom tempo e temos, apesar de certas particularidades, uma coadunação filosófica sobre música e arte.

Então criamos a plataforma a partir do selo, que nos dá a chance de mostrar quem somos e o que fazemos pra o mundo. Eu digo que é uma plataforma porque ideias não faltam de outros passos e projetos a desenvolver, tudo com base nessa nossa filosofia artística, que pretendemos transparecer tanto na música quanto na identidade visual e nos textos; enfim, em tudo que fazemos.

Danny: Quando pensamos sobre a criação do nome e o que envolveu ao criá-lo, logo vimos que a indústria da musica, em geral, está mudando muito rápido.

Um exemplo disso, como George mencionou, é o caminho para artistas que querem, e merecem pelo seu esforço e talento, ter uma plataforma que consolida o seu trabalho mão a mão.

O futuro, para aqueles que querem enviar musica para selos, é muito incerto. A tecnologia de hoje atrapalha muito. Ela oferece a facilidade de poder ter, ser e fazer tudo nos dias de hoje.

Podemos comparar isso como um funil que aumentou o seu tamanho e, então, cabem mais pessoas e mais possibilidades ali. Porém, o bico desse funil continua pequeno. A demora para filtrar qualidade dobrou, triplicou, e de alguns anos pra cá ja passou de 20x mais.

Estamos na era absoluta da Arte Independente, na qual tudo se conecta e é preciso se estabelecer para fazer essa conexão funcionar. O coletivo Not Another tem isso como foco.

Desde a parte visual, a logística, o planejamento, a divulgação, o promocional, o audio engineering até o feedback e o approach com os artistas - se não formos diferentes, não podemos ter um nome desses.

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