Q+A: Anvil FX
O som underground de Paulo Beto, Juliana R. e Bibiana Graeff
Sabemos que vocês tem colaboradores como Miguel Barella, Arthur Joly, Edgard Scandurra e Dino Vicente. Conte um pouco sobre isso.
Conheço e admiro essas figuras de longa data. Quando me mudei pra São Paulo e tive a oportunidade de conhecê-los, isso fez muito sentido para todos, afinal minha formação musical foi ouvindo esse pessoal.
Como o
Anvil FX é muito influenciado
pelo som dos anos 80, foi muito natural tentar parceria com eles, e deu
muito certo. Muito o que aprender com esses caras!
O Arthur Joly em
especial é bem mais novo que eu. Nossa relação é mais de uma irmandade. É
outro caso de uma pessoa que tem muito para
me ensinar.
O Anvil FX é conhecido pelo uso de sintetizadores analógicos, de onde veio esta influência?
Esse assunto é bem fácil de explicar. Passei uma década querendo acertar, buscando o que a moda dizia que era bom, até que resolvi buscar a essência do meu gosto musical, e remontando a minha infância o sintetizador analógico está em destaque.
Sonhava em ter um Moog e quando me reconectei a este sonho, consegui ter vários. Os mais raros eu tive a sorte de ganhar, dai você pode entender a força de minha paixão.
Quando eu conheci o Arthur Joly ele já
estava construindo seus aparelhos, isso pra mim
foi uma oportunidade única de conviver com um construtor de
sintetizadores.
Você ainda tem projetos paralelos? Quais?
No momento em atividade tem o Primal Violence, que é meu projeto eletrônico mais antigo, repaginado em parceria com minha mulher Apolônia Alexandrina. Um mix de industrial old school com som de pista.
Tem também o Theremin Duo que é uma parceria com o Tom Monteiro. Improvisações climáticas utilizando dois Theremins da Moog e outros aparatos analógicos.
Fora isso, na gaveta tem o Zeroum em parceria com o amigo Tatá Aeroplano.