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‘Prisma Techno’, 50 anos e homem na lua; uma super entrevista com Anderson Noise!

Pioneiro do techno fala sobre "Deadline", seu debut EP com o selo capixaba

  • Marllon Gauche
  • 16 July 2019

Sabe aquela famosa frase de amor “feitos um para o outro”? É mais ou menos essa a relação entre Anderson Noise e a música eletrônica.

Além de inseparáveis, ambos mostram que sempre podem surgir novidades pelo caminho, independente do tempo que passe ou das adversidades que possam surgir.

E é através desta união que o mineiro está lançando mais um trabalho impecável por um dos maiores selos de techno do país, a Prisma Techno.

Mas essa história ainda tem muitos detalhes especiais por trás, afinal, Anderson Noise comemora seus 50 anos de carreira na mesma semana do lançamento.

E não é só isso. Ele nasceu em julho de 1969, apenas 7 horas depois do homem pisar na lua pela primeira vez, e é claro que ‘Deadline’ EP se relaciona com esse fato inesquecível.

Conheça um pouco mais da trajetória deste que é um dos pioneiros do Techno no Brasil enquanto você deixa esse super EP rolar.

Olá, Anderson Noise! Tudo bem? É um prazer enorme falar com você!

Neste mês você celebra 50 anos de idade, somando mais de 30 de carreira. Quais as principais lições que você tirou ao longo de todos estes anos?

Olá, pessoal. O prazer é meu!

Tenho 30 anos de carreira profissional, mas na verdade eu comprava discos e tocava para a minha família desde os 7 [risos].

Mas ao longo de todos esses anos eu tirei duas lições principais: saber tomar decisões e nunca deixar a humildade de lado, quem esquece isso acaba caindo alguma hora.

Como está a cena em Minas Gerais atualmente? O que de mais positivo o estado tem entregado aos amantes da música eletrônica na sua visão?

Eu não sou um DJ que toca muito no interior de Minas, mas na capital as festas de rua estão bem fortes, aquelas mais undergrounds.

Mas o mais legal é ver que depois de tantos anos ainda temos o Deputamadre Club, é uma grande vitória do Lele, eles possuem muita determinação mediante a tudo que acontece na cidade.

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Posted by Deputamadre Club on Thursday, January 29, 2015

E como é discotecar para tantas gerações diferentes? Existe algo que era encontrado nas pistas há 30 anos atrás e hoje não se vê mais?

É engraçado isso, o mais louco dessa história toda é que quando estou tocando chega muita gente com 18, 20, 24 anos e fala assim: ‘Eu sou filho de fulano!’ E aí eu fico surpreso, porque no outro dia eu estava vendo os pais dessa pessoa se conhecendo na pista [risos].

Eu já brinquei com a história dos celulares também, porque antigamente as pessoas não tinham para ficar gravando, então ficavam com as mãos livres, batendo palma ou fazendo o que desse na cabeça.

Acho que a tecnologia tem vários pontos positivos porque muita coisa melhorou na pista como som, luz e tudo mais. Mas, claro, tem pontos negativos também. Tudo ficou muito fácil e as coisas acabam sendo previsíveis, existem poucos artistas imprevisíveis hoje.

Antigamente você ia assistir um DJ porque somente ele tinha tal vinil, hoje não existe mais isso. Mesmo assim, viver tudo isso e passar por essas transformações é incrível e gratificante, agradeço por poder estar nas pistas até hoje.

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