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Not Another: Genuinamente Glocal

Conheça a história por trás desse novo label brasileiro

  • Raul Cornejo
  • 10 October 2016
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2 Parte

E houve certamente também uma preocupação bastante pertinente em criar uma identidade visual marcante. Quem cria essas artes e como elas se coadunam com o conteúdo musical do selo?

Rodrigo: Davi Leventhal é o artista por traz das artes do selo e Pedro Muniz cuida da identidade visual. Eu e Bernardo conhecemos Davi desde pequenos, pois somos primos.

Apesar de Davi residir em Nova Iorque, sempre mantivemos contato e acompanhamos sua evolução artística. Suas ilustrações surrealistas e enigmáticas foram prontamente aceitas quando apresentadas ao restante da NA.

O processo de criação foi iniciado com a ideia de utilizar temas em um grande painel que iria ser fragmentado para os lançamentos do selo e posteriormente se vislumbraria todo o contexto, como um quebra-cabeça.

Bernardo: Quando começamos a desenvolver o projeto da Not Another, sabíamos que uma identidade visual era fundamental para expressar nossa filosofia.

Foi uma surpresa e, mais ainda, um imenso prazer a forma como ele aceitou nosso projeto e passou a fazer parte do grupo de trabalho. As concepções artísticas dele e o processo de desenvolvimento da arte acabaram por nos mostrar o que nós queríamos para o projeto, quais eram os elementos chaves. Foi um processo incrível.

Se fosse para lançar em vinil e ver seus artefatos nas lojas, ao lado do que vocês gostariam de vê-los agrupados nos casulos?

George: Kompakt, Diynamic, Last Night on Earth e Bedrock são algumas das influências.

Recife, Rio, Sao Paulo, Beirute… sao muitas as cidades que se contam entre as origens de todos os envolvidos, algo bem previsível no panorama global da cena musical de hoje. Como é pensada a coesão de tantas experiências?

George: É bem natural. Ao longo do percurso, vamos conhecendo pessoas que compartilham de um mesmo ideal e acabamos desenvolvendo algo juntos. A Internet ajuda a diminuir essa distância e essa globalização acaba sendo algo bem natural.

Em termos de sonoridade, a música eletrônica é global e não há tanta distância entre o que é feito aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Hoje temos pessoas envolvidas de vários lugares do Brasil, além de Londres, Berlim, Beirute, Ibiza, França, Holanda e continuamos agregando.

Bernardo: Eu acho que a gente é influenciado por todos esses fatores que vamos vivendo, mas a coesão e o respeito por essas influências é fundamental.

Às vezes a tentativa de incorporar algo que gosta à sua música (usar um vocal, um riff, um instrumento), por mais que se busque homenagear, acaba por retratar aquela cultura/estilo/etc de uma forma fora de contexto.

Dito isso, a essência do manguebeat (movimento cultural recifense) sempre foi a de absorver influências internas e externas e tentar expelir algo novo para o mundo.

Sem pretensão alguma de dizer que nossa/minha música faz parte do movimento manguebeat, essa filosofia de certa forma permeia nossa visão artística.

Ainda assim, se fossem obrigados a declarar uma sede para o VAT (imposto comercial europeu), onde seria e por quê?

George: A cena Alemã é uma influência no nosso trabalho e a seriedade que eles levam a musica eletrônica seria um fator a ser levado em conta.

E como vocês vêem a recepção por parte de DJs e público do material que lançaram até aqui?

Fernando Marx: O feedback tem sido bem legal.

E se pararmos para analisar que somos um label bem novo com apenas 5 lançamentos, que vem de uma região que cresce às margens do resto da cena, e trazendo artistas novos de fora do circuito, as coisas tão fluindo bem melhor que o esperado.

É sempre bom aumentarmos a gama de artistas do meio que conheçam e reconheçam nosso trabalho. Isso leva tempo de consolidação, mas estamos bem satisfeitos com o que conseguimos até o momento

Bernardo: Acho que, quando se faz algo com carinho e atenção aos detalhes, as pessoas reconhecem com facilidade. Ouvir comentários positivos sobre nosso trabalho de artistas já consolidados é algo que nos faz crer que o caminho que estamos traçando é o correto.

E para o futuro, o que a Not Another reserva ao seu crescente contingente de seguidores?

George: Estamos aos poucos amadurecendo o nosso som, a nossa identidade e solidificando o nosso trabalho.

Temos planos de iniciar os showcases do selo, além de podcast, série de streaming e também estamos acertando um parceria com uma grife de roupas.

Bernardo: Cada passo tem que ser bem dado para honrar nossa proposta. Como eu disse antes, ideias não faltam. Porém, temos que dar passos firmes.

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Imagens: Reprodução

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