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Nomes da música eletrônica que você precisa conhecer: Simina Grigoriu (Romania)

Conheça a romena Simina Grigoriu: uma das mulheres mais dinâmicas do Techno internacional

  • Luciana Dias
  • 22 November 2019

Nascida na Romênia e criada em Toronto, Simina Grigoriu está na ativa há mais de uma década.

Começou como DJ, evoluiu para produtora musical e lançou a própria gravadora, a Kuukou, uma verdadeira casa para produções techno.

Simina passa agora grande parte do tempo em Berlim, lugar que ela hoje chama de lar, a principal fonte de sua inspiração criativa, uma fonte tão diversa quanto suas influências.

As raízes musicais de Simina vão longe e foram plantadas em sua infância, quando ela estudou violino e teclado clássicos.

O legado musical de seus pais e a paixão pelo hip hop free style na adolescência, somados, formam parte de seu estilo de tocar música eletrônica.

Simina se desenvolveu no techno, ao som de nomes como Jeff Mills, Josh Wink e Juan Atkins.

Suas primeiras produções apareceram na gravadora Sonat Records (Berlim), seguidas por lançamentos com a Phrase Insane Records (Espanha), a italiana Intelectro Vibe, Urban Sound e Frequenza Records.

Ela depois lançou seu debut album chamado 'Exit City', que acabou se tornando um dos maiores sucessos da Susumu Records.

E a evolução de Simina não parou por aí!

Durante o periodo de maternidade, época em que ela ficava em casa a maior parte do tempo, Simina criou e lançou a Kuukou Records (2016) com seu EP inaugural, 'Techno Monkey'.

Na sequência, ela lançou 'Matching Numbers' pela FORM de Popof, um EP de sucesso imediato com um remix incrível de Julian Jeweil.

Hoje em dia, Simina continua lançando música tanto pela Kuukou quanto pela FORM enquanto trabalha em remixes e colaborações para várias gravadoras techno em paralelo.

Considerada atualmente uma das mulheres mais dinâmicas do Techno internacional, a artista pode ser encontrada constantemente fazendo tours, agitando multidões em festivais por todo o planeta.

A Mixmag bateu um papo com Simina para saber mais e para trazer sua história para os fãs brasileiros de Techno. Confira abaixo!

Conte, em suas próprias palavras, sua história para o público brasileiro que talvez ainda não a conheça. Como foi que tudo começou?

Lembro-me de trabalhar em um bar enquanto estava na universidade e fiquei observando um DJ.

Eu não estava apenas interessada em aprender suas habilidades, mas também em trocar de música!

Então, isso foi o que eu fiz: descolei alguns decks e um XONE: 92 e comecei a aprender a mixar.

Alguns dos meus amigos que eram promoters em Toronto me descolaram pequenos shows aqui e ali, quando consegui ficar boa o suficiente para mixar dois discos.

Ainda me lembro de um amigo que me disse que o estilo mais difícil de mixar era o jazz e o clássico, pois não há batidas reais.

Eu comecei com isso. Também fui abençoada com amigos incríveis que me deram dicas e me orientaram ao longo do caminho.

Depois da universidade, eu fui trabalhar em um emprego corporativo de tempo integral. Na paralela, eu ia às raves e mixava nos finais de semana, mas foi só quando me mudei para Berlim que decidi me concentrar na música em tempo integral.

Adoro o que faço e incentivo os outros a seguirem sua paixão.

Um dos meus objetivos com a minha gravadora, Kuukou, é fornecer espaço para os artistas experimentarem e mostrarem suas músicas, da mesma forma que muitos chefes de gravadoras fizeram por mim também.

Como foi sua infância? Conte um pouco sobre seus primórdios pra gente!

Eu sempre gostei de música. Quando era criança, toquei piano e violino e participei do coral de uma escola de artes e música.

Ironicamente, não escolhi a música como meu "foco" no ensino fundamental.

Eu preferia estudar arte e dança, mas aprendi um pouco de teoria musical, bem como as habilidades muito úteis de ler e escrever música, mas há muito eu as esqueci.

Quando adolescente, comecei a fazer Rap e escrever rimas. Eu gostava de hip hop, grunge e jungle / trip-hop, reggae, metal.

Eu estava basicamente curtindo de tudo um pouco e você poderia me encontrar sempre em raves nas selvas de Toronto nos fins de semana.

A música esteve sempre presente!

Quanto à minha educação musical, nunca estudei oficialmente a produção musical.

Nos meus 20 anos, comecei a aprender Ableton durante meu tempo livre (fora da minha sobrecarregada semana de trabalho em marketing e produção impressa) e fiz isso com tutoriais e com mentores (que eram e ainda são meus bons amigos).

Tive a sorte de poder transformar meu hobby em meu trabalho, mas ainda me considero uma estudante!

Demorou muito tempo para aprender o básico da produção musical e ainda estou aprendendo novas habilidades toda vez que vou ao estúdio.

Costumo trabalhar com meu irmão (e engenheiro, Moe Danger) e ele sempre me apresenta plugins e hardware novos e interessantes. Obrigado, tio Dan! :)

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