Melodia em foco! Colussi indica 5 artistas-chave que ajudam a formar sua identidade musical
De 2016 a 2020, um artista a cada ano
Vivemos em um mundo repleto de transformações.
Somos bombardeados por novidades, notícias, informações… adquirimos novos conhecimentos a todo instante, o que nos faz possuir uma identidade mutável, passível de mudanças de acordo com o que experienciamos.
Esse mesmo ‘fenômeno’ acontece quando estamos falando da estética sonora de um artista, que se inicia de uma determinada forma e acaba se moldando a partir do encontro de novos sons.
É assim para a grande massa de músicos e foi assim para Colussi, DJ e produtor catarinense que vem evoluindo e buscando uma definição de sua linha de som.
Atualmente ele é headlabel da Prototype Music ao lado de r4ne, com quem também forma o duo Innure — uma tríade que tem feito com que novas paisagens sonoras fossem se revelando gradativamente.
Ainda assim, Colussi continua com seu projeto solo e através dele consegue flutuar tanto pelo som mais vibrante do Tech House como por linhas mais sérias e obscuras do Techno.
Um pouco dessa trajetória você confere abaixo nessa linha do tempo que traçamos junto dele:
2016 (o início)
Pensei muito qual artista elencaria aqui, fiquei com Victor Ruiz.
Eu já o acompanhava e admirava suas produções desde o seu antigo projeto VA com a Any Mello, acredito que foi entre 2015 e 2016 que ele começou a sua transição sonora, produzindo e tocando Techno europeu.
Comecei a admirá-lo ainda mais por tomar essa atitude e por alcançar o patamar de ser um dos melhores e mais importantes produtores de techno no mundo hoje em dia.
2017 (evolução)
Em 2016 entrei para o time de residentes do El Fortin Club e me vi frente a um desafio: precisava ser mais versátil, pois no momento o club consumia pouquíssimo Techno e o público demandava mais pelo Bass house, o Tech House estava engatinhando ainda por lá.
Nessa fase, durante as primeiras festas de 2017, um artista que influenciou muito foi Patrick Topping, ele estava com um estilo de Tech House que me agradava bastante, bem groovado, dançante, com vocais... testei algumas faixas no club e todas funcionaram muito bem, assim como em outros lugares que toquei.
Pra consolidar, em 2017, eu mesmo tive a oportunidade de vê-lo ao vivo e foi insano, a pista não parou um instante, energia lá em cima durante todo o set.
2018 (consolidação)
Não poderia citar outro além dele: Maceo Plex.
Eu já era muito fã desde 2014/2015 e sempre foi meu sonho tocar algo parecido com o que ele toca, já que ele transita muito bem entre o melodic Techno e o Techno ‘’mais pegado’’.
Porém, era muito difícil ter alguma gig que eu pudesse realmente apresentar essa linha, até que em 2018 essas oportunidades apareceram e o ano foi um dos melhores até aqui.
Maceo Plex continua sendo minha referência suprema até os dias de hoje.
2019 (conexões)
Meu amor pelo melodic Techno já era grande há muitos anos, mas foi em 2019 que dei mais importância para o estilo, tendo Tale of Us como a referência número 1.
Já acompanho e admiro eles há muito tempo e isso só aumentou ao ver a Afterlife explodindo pelo mundo, que pelo menos para nós aqui, no Brasil, começou a acontecer a partir de 2017/2018, e convenhamos, quem não quer lançar ou participar do lineup de um eventos deles, né?!
2020 (futuro)
VNTM foi a descoberta de 2020 para mim até o momento, acredito que ele ainda é pouco conhecido aqui no Brasil, mas suas produções chamam muita atenção.
Ele consegue chegar a um timbre de ethereal techno único que já virou sua identidade e já o fez receber suporte de grandes nomes como Tale of Us, Adam Beyer, Adriatique e outros, além de ter lançamentos pela Running Clouds, Infinite Depth, Oddity Records e Stil vor Valent.
Ver um jovem, relativamente novo na cena, fazendo tracks do nível que ele faz, me dá motivação para correr atrás e também conseguir, afinal, se ele consegue, porque eu não conseguiria, certo?!
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Photo: Divulgação