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Entrevista: S.E.L.V.A

O projeto eletrônico de Brian Cohen e Pe Lu

  • Mixmag Brazil Crew
  • 24 May 2016
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1 Parte

Onde nasceram e vivem hoje?

BRIAN COHEN: O Pe Lu nasceu em São Paulo, eu nasci em São Jose dos Campos; e ambos moramos em São Paulo.

Contem sobre os primórdios, a origem do interesse pela música.

BRIAN COHEN: Eu comecei a tocar por causa do punk-rock quando eu tinha 12 anos de idade; pela bateria, por ser o instrumento, ao meu ver, que naquela época protagonizava tanto a música punk como a atitude.

Ao longo dos anos montei várias bandas onde cantávamos em inglês; a língua na qual fui alfabetizado. Comecei uma carreira solo em português que me levou para um nível bem mais popular e atingiu fãs por todo país, me deu a oportunidade de dividir meu trabalho com milhares de pessoas.

Resolvi mudar o caminho da minha música, pois além de não querer me limitar ao pop rock, eu sempre tive o sonho de ter um projeto de expressão que eu pudesse trabalhar nas minhas letras em inglês.

PE LU: Meu pai é músico e minha mãe é atriz. Eu cresci sendo carregado em um case de guitarra pelos teatros do Brasil.

Com 12 anos comecei a tocar e produzir em casa. Meu pai tinha um Macbook e um Logic, que na época eram tesouro puro.

Com 16, montei a banda que mudou minha vida, a Restart. Vendemos 1 milhão de discos, fizemos mais de mil shows, ganhamos prêmios, viajamos o mundo e 7 anos depois decidimos que era o bom momento para refrescarmos as idéias separados.

Nesse período fiquei ainda mais incentivado a arriscar e experimentar. Daí nasceu o S.E.L.V.A.

Como foi o começo na música eletrônica?

BRIAN COHEN: Viemos da cena pop rock, e quando criamos o S.E.L.V.A, a idéia foi começar com algo ainda não explorado por nós, a música eletrônica.

A prioridade era compor e produzir nossa própria música, e logo isso nos aproximou de DJs e produtores de muito talento na cena nacional.

Aos poucos começamos a tocar em diferentes festas e clubes. Aprendemos a diferença entre: ter o “público” - como era em nossos shows, e “conquistar o público” - como é hoje em nossas apresentações como DJs.

PE LU: Somos produtores há 8 anos, mas decidimos nos arriscar na música eletrônica após uma festa. Voltamos para casa depois da farra e pensamos “Cara! A gente precisa fazer esse som!”

Começamos a ouvir de tudo, pesquisar e a compor em prol disso. Como o Brian sempre escreveu em inglês, isso facilitou muito no começo.

Acredito muito que o mais importante é fazer com amor e tesão. Foi assim que nós começamos e pretendemos ficar.

Então vocês são produtores...

BRIAN COHEN: Sim. Somos compositores e produtores desde o começo de nossas adolescências.

O mercado pop-rock requer que você ou sua banda tenha suas próprias músicas como material de divulgação, então já viemos convictos a criar nosso próprio conteúdo.

PE LU: Produzir música eletrônica foi entrar em uma vertente diferente do que estávamos acostumados.

É natural para nós compor e produzir. Quando marcamos nossa primeira festa o pensamento foi: Caramba, como a gente vai tocar em um lugar se não temos nem dez músicas?” Essa é a nossa essência.

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