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Entrevista exclusiva com o duo de Chicago DOWNLow

Apostando na mistura do tech house com o tribe house, a dupla americana emplacou lançamento na gravadora do icônico Junior Jack

  • Lau Ferreira
  • 2 April 2021

Com a instauração da pandemia do novo coronavírus, o modus operandi do mercado da música eletrônica sofreu alterações consideráveis. Impedidos de se apresentarem ao vivo em lugares de destaque, os artistas começaram a aparecer ainda mais por suas tracks, obtendo conquistas importantes nessa seara, mesmo que ainda não tenham um currículo de peso em relação a gigs.

O duo americano DOWNLow é um bom exemplo. Natural de Chicago, a terra da house music, a dupla é formada por dois DJs de gerações diferentes: Ruben Rico (Dex), de 31 anos, e Giovanne Vargas (Timmy Vice), de 20.

A química dos dois juntos supera qualquer obstáculo que o gap geracional poderia promover, e prova disso é a evolução que o projeto tem trilhado desde sua criação, em 2019.

Mesmo sem nunca ter ido muito além dos arredores de Chicago, onde acumula uma série de residências, o DOWNLow conquistou um importante lugar ao sol na Adesso Music, gravadora de Junior Jack e Pat BDS, que passou a investir em novas promessas da house. Por lá, emplacaram "The Tribe", no último dia 12 — faixa que recebeu suportes importantes e ainda ganhará no dia 09 um remix de ninguém menos que Harry Romero.

Com um estilo único, que mistura tech house e tribal house, o duo vai se afeiçoando aos holofotes e se mostrando consistente para dar um salto ainda maior quando os eventos voltarem. Quer saber mais? Então se liga na nossa entrevista com eles:

MIXMAG: Como ter nascido e se criado em Chicago — cidade histórica para a house music, que inclusive deu nome a um gênero próprio (Chicago house) — influenciou o background musical de vocês? Esse é um diferencial, uma arma importante que coloca vocês em vantagem no jogo do mercado?

DOWNLow: Ter nascido na cidade ventosa sempre terá uma forte influência sobre nós. Nós dois crescemos ouvindo ícones de Chicago, como Cajmere, Marshall Jefferson e Frankie Knuckles. Eventualmente, acabaríamos produzindo um estilo muito parecido.

Sentimos que não é necessariamente uma vantagem, mas um estigma que você carrega. Muitos artistas grandes evoluíram a partir daqui, sentimos que é um instinto natural nos impulsionarmos em alta velocidade.

Ao mesmo tempo, fazer house music e representar Chicago pode ser uma grande responsabilidade, não?

Não pensamos assim. Nós representamos Chicago, mas também produzimos estilos diferentes da house music. Claro, existem muitas músicas boas de Chicago, mas também gostamos de adaptar diferentes estilos de baterias e linhas de baixo. Usamos bastante a TR 808 da Roland.

Vocês disseram que a humildade é um diferencial da dupla, em contraponto ao grande ego que a maior parte dos players da cena de Chicago teria. Podem nos explicar melhor essa relação? Por que acham que rola essa questão do ego com tanta força na cidade?

Não conseguimos dizer o porquê. Sempre foi assim. Todo DJ está tentando ser a próxima sensação. Em vez de tentar chegar ao topo em conjunto, os DJs de Chicago tendem a puxar o tapete uns dos outros.

Há muitas histórias, apenas não contamos porque não cabe a nós (risos). Por outro lado, Dex e eu (Timmy) temos personalidades muito extrovertidas. Gostamos de trazer as pessoas conosco e de ver todos ganhando.

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