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Entrevista: Crossover

O sucesso da fusão musical de Julio Torres e Amon Lima

  • Bruna Manzano / Eliézer de Souza
  • 6 January 2016
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7 Parte

Qual uma colaboração dos sonhos?

Ivan Lins e Stevie Wonder.

Que equipamentos são essenciais para o Crossover para produção e live shows?

Para produção gosto de tudo simples. Laptop, DAW, alguns plug-ins, placa de áudio, pré, um bom microfone e uma sala boa para gravar. O mais importante são as idéias.

Para Live é fundamental que o equipamento seja leve e portátil pois muitas vezes as cabines são pequenas e apertadas. O ideal é que não precise mexer na configuração do club para não dar trabalho para os proprietários e para os outros DJs (ou projetos) que também vão tocar na noite. E o som tem que ser muito bom!

Violino não tem traste nem tecla, se afina na mão e no ouvido então um sistema de in ear Phone é fundamental para tocar afinado e não descolar do que o DJ está tocando. Na maior parte do set crio melodias e ritmos em cima de músicas prontas e com uma master muito boa, por isso é fundamental que o som que vai para o mixer seja o melhor possível.

Qual o futuro do Crossover e os principais projetos para 2016?

Como comentei, voltamos a produzir música. Vamos lançar a nova tour ainda comemorando os 10 anos do Crossover e possivelmente um projeto em vídeo em 2016.

Que tipo de música anda curtindo ultimamente?

Desde sempre ouço muito Jazz, Rock, Música Clássica, Música Instrumental Brasileira.

Na música eletrônica destaco o disco do Gui Boratto 'Abaporu' e 'It's Album Time' do Todd Terje. Para quem tem curiosidade, alguns caras que nunca saem do meu playlist: Bill Frisell, John Coltrane, Wayne Shorter, Michael Brecker, Chick Corea, Bill Evans, Herbie Hancock, McCoy Tyner, J.S. Bach, Ravel, Brahms, Beethoven, Prokofiev, Rachmaninov, Chopin, Jascha Heifetz, David Oistrakh, Nathan Milstein, Jean Luc Ponty, Didier Lockwood, Black Sabbath, Queen, Michael Jackson, Stevie Wonder, Daft Punk, Kraftwerk, Hermeto Paschoal, Ivan Lins e qualquer música que tenha sido produzida nos anos 80!

Na música eletrônica comercial, o que você adora e o que detesta?

A música comercial trouxe a música eletrônica para o mainstream e isso é ótimo. Isso fez os clubs e as festas crescerem e o preconceito que existia com festas eletrônicas está desaparecendo.

Acaba sendo uma porta de entrada para pessoas que, em outra situação, nunca se interessariam pelo estilo e isso é bom não apenas para o cenário mais comercial, mas para o underground também.

Existem bons produtores fazendo música comercial rica e criativa. E claro, existem os ruins e previsíveis, mas isso também vale para o underground.

No underground o que destaca e o que engaveta?

Acho que essa distinção comercial X underground está acabando. Se o underground lota clubs e vende ele passa a ser um sucesso comercial. As pistas underground dos grandes festivais são quase tão lotadas quanto as pistas comerciais e boa parte dos artistas comercias de hoje vieram do underground.

Mas claro que existe uma diferença no som. O underground permite mais experimentação, a sonoridade é rica e dá para arriscar mais.

Tem espaço para groove, sonoridades mais obscuras ou mais melódicas e falando como músico, tenho mais espaço para improvisar nesse tipo de som. Engaveto o preconceito com qualquer tipo de som.

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