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Eli Iwasa: Revelando a Rainha da Cena da Música Eletrônica Brasileira

O legado de 25 anos de Eli Iwasa: uma entrevista exclusiva para Mixmag!

  • Interview: Rocio Flores | Photos: Pedro Pinho
  • 21 November 2023

Eli Iwasa estabeleceu-se como uma das figuras mais respeitadas no circuito da Dance Music no Brasil.

Com seu carisma hipnotizante, estilo extravagante de comandar as pickups e abordagem profissional, Iwasa soube como agarrar o touro pelos chifres e se envolver em todos os aspectos da cena no país, desde liderar seus próprios clubs “Gate 22”, “Caos” e “Galeria 1212”, tocando nos eventos mais importantes como Time Warp Brasil, DGTL, Hï Ibiza, BAUM Festival, Rock In Rio e Warung, até se envolver em novos projetos como Re.source e Closer.

Sendo uma mulher forte e independente que seguiu sua paixão interior pela música eletrônica, ela conseguiu quebrar as regras em um setor ainda dominado por homens, proporcionando às novas gerações de DJs e produtoras do país um local seguro onde o talento e a boa música são protagonistas.

A Mixmag Brasil se encontrou com a mulher que está moldando um caminho sem precedentes entre inovação neste negócio, música, estilo de vida e novas oportunidades para talentos emergentes. Continue lendo e não perca a história inspiradora que ela construiu ao longo de quase 25 anos.

Olá Eli! Estamos encantados por tê-la na capa da Mixmag Brasil, bem-vinda! Já vimos você arrasando em shows fabulosos como Brunch São Paulo e Barcelona, HÏ Ibiza, Time Warp Brasil e Tomorrowland Brasil. Parabéns! Como isso faz você se sentir?

Oi! Muito obrigada por isso; significa muito. É incrível, como um sonho realizado. Nunca imaginei chegar tão longe, para ser sincera.

Desde criança, a música sempre foi minha paixão, meu lugar seguro e feliz, e eu sabia que queria fazer algo relacionado à música desde muito jovem.

Quando comecei a organizar festas ao ar livre em São Paulo, era tudo sobre fazer algo que eu amava profundamente - a música, as pessoas, o estilo de vida.

Eu não estava planejando a longo prazo como minha carreira se desdobraria naquela época. Não conseguia ver tudo isso acontecendo, não apenas como promotora ou dona de club, mas principalmente como artista.

Tem sido uma jornada tão emocionante, e poder fazer o que amo, ainda tão apaixonada por isso depois de todos esses anos... é um privilégio.

Há muito tempo você é uma incrível pioneira na cena eletrônica do país. Por exemplo, você criou a primeira festa de acid techno em São Paulo e trouxe nomes lendários como Ricardo Villalobos, Laurent Garnier e Richie Hawtin. Conte pra gente de que maneira os reconhecimentos a ajudaram a desenvolver seu potencial em todas as áreas em que trabalha agora? O que você considera uma melhoria significativa que você incorporou na cena do Brasil?

O Lov.e Club foi um verdadeiro marco na história da música eletrônica no Brasil. Me sinto tão sortuda por ter feito parte disso.

Eu era muito jovem e tinha pouca experiência; de repente, eu estava cuidando das noites de sexta-feira e fazendo bookings internacionais para o club.

Aprendi muito; esses anos me ajudaram a me moldar como profissional e mulher na indústria. Foram tempos novos, empolgantes, ingênuos, quando não havia telefones ou câmeras por perto, você tinha que estar lá para viver e experimentar plenamente.

Foram tempos selvagens e uma novidade para muitos artistas influentes. Garnier e Hawtin já tinham visitado o Brasil antes, mas ter nomes tão estelares tocando em um local para 500 pessoas foi algo extraordinário.

O set de 8 horas de Laurent no Lov.e em uma segunda-feira se tornou lendário, assim como a noite em que Sven Vath fez um set surpresa no meu aniversário.

Isso traduz o espírito do club: uma família de aficionados loucos por música em um ambiente muito íntimo onde tudo era possível; entre os nomes que vieram ao Brasil pela primeira vez para tocar no Lov.e Club: Ricardo Villalobos, Marco Carola, Luciano, Prins Thomas, Vitalic e Miss Kittin.

Technova foi a primeira noite de um club a bookar artistas internacionais semanalmente e, o mais importante, inspirou muitas pessoas a seguir carreiras na música e na indústria.

Muitos DJs e produtores estabelecidos no Brasil, como Renato Cohen, Gui Boratto (que fez seu primeiro set ao vivo lá) e Binaryh estavam no início de suas carreiras.

Muitos agentes e managers eram frequentadores regulares do Lov.e Club, e olhando para trás, teve um impacto substancial na construção da cena house e techno em São Paulo e no Brasil.

Você é proprietária de clubs renomados como o Gate22 e Caos, e tem sua residência no Warung. Como você promove a inovação na produção e criatividade musical para os dois primeiros?

Mudei-me de São Paulo para Campinas há quase 15 anos, e nosso trabalho tem constantemente impulsionado o desenvolvimento da cena na região.

As pessoas estavam indo para São Paulo para ver seus DJs favoritos, e eu queria que eles ficassem e tivessem boas experiências aqui também! Há tanto potencial, e é onde sinto que nosso trabalho faz uma diferença real.

Eu e meus parceiros nos clubs queríamos poder bookar os artistas que respeitávamos e admirávamos, assumir riscos musicalmente na curadoria e criar algo único.

Quando abrimos o Caos há 6 anos, tínhamos a visão de dar às pessoas não apenas a música, mas também atenção com o sistema de som, a iluminação.

Tínhamos outros locais antes, mas honestamente, tínhamos pouco dinheiro e nenhuma condição de construir um club dos nossos sonhos.

O Caos foi o início de algo realmente transformador em nossa cena local: ter nomes como Laurent Garnier e Nina Kraviz nas noites de abertura, um showcase da Life and Death, ou bookar Modeselektor, o sistema de som L’Acoustics, a arquitetura industrial e crua, um ambiente muito inclusivo e diversificado.

Foi um ponto de virada não apenas para mim como dona de club, mas também para as pessoas que amam música eletrônica aqui. Não há nada parecido.

Campinas é uma cidade de 1 milhão de habitantes, e precisava de um local melhor para eventos e concertos de médio/grande porte.

Muitas bandas em turnê não se apresentavam em cidades ao redor de Campinas porque os locais existentes não atendiam aos requisitos técnicos ou estavam em estado de deterioração.

Somos conhecidos pela música eletrônica, mas promovemos shows desde o primeiro dia no Caos, tendo desde Emicida até Pabllo Vittar.

Quando encontramos o novo local, sabíamos que tínhamos encontrado um lar para o Gate 22, os concertos e festivais que queríamos promover, e artistas como Monolink e Vintage Culture. Foi um sonho realizado.

Estamos oficialmente no interior, agora alguns dos locais brasileiros mais importantes estão ao redor de Campinas. Era inimaginável quando me mudei para cá há 15 anos.

“Sempre senti vontade de sair da minha zona de conforto e experimentar coisas novas. Eu odeio me sentir acomodada”

Suas experiências no exterior a inspiraram a criar algo novo para os clubs?

Viajar, para mim, é inspirador. No Brasil, fico tão presa com todas as loucas logísticas e o trabalho que é difícil relaxar na estrada ou nos clubs.

Então, quando viajo para o exterior, geralmente é mais tranquilo, consigo ver outros DJs e experimentar os eventos de verdade, apenas estando na multidão e aproveitando, como um lembrete do motivo pelo qual comecei em primeiro lugar.

Se algum dia perceber que a paixão se foi e não estou mais me divertindo, saberei que pode ser hora de parar.

Essas experiências no exterior afetam como faço bookings e a direção artística que tomo nos meus clubs. A quantidade de música e DJs novos que consigo ouvir ao vivo, ver o que funcionaria nos meus clubs, e o que acho que não está certo na rede de contatos... é tudo tão inspirador.

Além disso, sempre há algo diferente acontecendo em termos de novas tecnologias, às vezes um novo design de sistema de luz e som.

Eu sou a geek, sempre olhando para os alto-falantes, os visuais, as luzes, verificando o FOH, e sempre voltando para casa com ideias frescas.

Há muitas coisas incríveis acontecendo, e sempre senti uma vontade de sair da minha zona de conforto e experimentar coisas novas. Odiaria me sentir acomodada.

Ser DJ e dona de club é fantástico, pois estou em contato com pessoas novas, públicos novos, músicas novas, novas maneiras de festejar e realizar eventos; tenho que e sinto-me renovada o tempo todo.

São tempos empolgantes para a música eletrônica; basta manter a mente e os ouvidos abertos e continuar curiosa - poder viajar para ver tudo isso é o melhor.

Você pode falar sobre seu caminho como residente no Warung? Qual apresentação deixou uma marca em sua carreira no club?

Minha primeira apresentação no Warung foi no Carnaval de 2015. No calendário deles, o Carnaval é uma das datas mais importantes, pois é o aniversário do club.

Gustavo Rassi, o responsável por contratar talentos do Warung, me escalou para a noite de encerramento do Carnaval, ao lado de Marco Carola e Seth Troxler.

Lembro-me de estar tão nervosa que senti mal no estômago. E eu fico nervosa TODA vez que toco, já que o público conhece muito sobre música, e você realmente precisa entregar.

Depois disso, construímos uma relação sólida, show após show, seja no club ou no Warung Day Festival. Oficialmente, tornei-me residente em 7 de julho de 2018, nunca esqueço dessa noite, pois foi uma das festas mais movimentadas que já aconteceram lá; a fila ia até o estacionamento inteiro.

O Warung acreditou no meu trabalho como DJ quando muitas pessoas não acreditavam. Eles enxergaram meu potencial além do que eu mesma conseguia ver. Aquela apresentação de Carnaval mudou minha carreira como DJ para sempre.

Também teve uma noite da Resident Advisor ao lado de Tale of Us e Recondite na pista principal, quando fiz um set de warm-up de 5 horas que muitas pessoas mencionam até hoje, a energia na pista era quase palpável!

“O Warung acreditou no meu trabalho como DJ quando muitos não acreditavam. Enxergaram meu potencial além do que eu mesma conseguia ver”

Você está prestes a comemorar 25 anos de carreira! Podemos imaginar que inúmeras histórias, trabalho árduo e lições construíram a mulher poderosa que você é. Como vê os primeiros anos quando começou como DJ e profissional?

Comecei a tocar profissionalmente em 2001. Naquela época, não havia muitas artistas femininas em São Paulo.

Lembro-me claramente de como os técnicos de som mostravam quais botões eu deveria tocar ou “ensinavam” como fazer meu trabalho, ou as pessoas “elogiavam” dizendo que eu tocava como um homem.

Inicialmente, foi difícil ser ouvida e ter opiniões levadas a sério. Agora, estou numa posição de poder, mas sei que muitas meninas ainda têm que lidar com muita besteira o tempo todo.

Eu admirava mulheres como Georgia Taglietti, K Hand, Miss Kittin, Ellen Allien e Flavia Ceccato, dona do Lov.e Club; elas me fizeram acreditar que era possível quando abriram o caminho para muitas de nós.

Estou feliz por ainda estar no negócio para ver a transformação, mesmo a um ritmo mais lento do que eu esperava, e fazer parte disso.

Mesmo que tenhamos um longo caminho a percorrer, ver todas as mulheres fantásticas em posições de destaque, ganhando tanto dinheiro quanto nossos colegas masculinos e recebendo a atenção da mídia que merecemos é inspirador e me dá a motivação para continuar.

Quais são as conquistas mais significativas das quais você se orgulha?

Eu poderia mencionar nossos clubes ou nossa pista de skate. Todos esses shows incríveis que tenho feito, como Lollapalooza, Rock in Rio e Time Warp. Ou viajar pelo mundo por causa do meu trabalho.

Minha conquista mais significativa é apenas estar aqui depois de mais de 20 anos. Isso é um grande privilégio, e me sinto muito sortuda por estar por perto para ver o que construímos no Brasil.

Como parte desses marcos, você criou “Closer”, um projeto brilhante que impulsiona a presença de DJs e produtoras mulheres nos line-ups. Por que você considerou necessário continuar fortalecendo a sororidade na cena da música eletrônica?

Comecei a pensar: “Qual é a coisa mais importante no que faço?”. A coisa mais importante são as oportunidades que eu crio e compartilho com outras pessoas.

Nossa indústria ainda é um clube de meninos, e não se trata apenas do número de vagas em festivais; trata-se de poder, dinheiro e quem está tomando as decisões.

Quando comecei, precisava de mais ajuda de outras DJs mulheres; nossa indústria pode ser tão competitiva às vezes, eu queria fazer algo diferente.

Agora estou tocando em todos esses festivais e clubs dos quais sonhava quando era uma artista em ascensão, e pode levar tanto tempo para algumas das meninas chegarem a esses locais, então por que não compartilhar essas oportunidades com elas?

Tínhamos uma visão para Closer: trazer visibilidade para talentos femininos excepcionais no Brasil, mas também para mulheres nas áreas visuais e nos bastidores.

Bruna Isumavut é nossa designer de luz e uma parte essencial da identidade do projeto, Paula Lles é ilustradora e artista de grafite responsável pela direção de arte, e Priscila Prestes é nossa produtora executiva e cria um ambiente seguro e diversificado em nossos eventos.

Foi incrível visitar cidades em todo o Brasil e ver o impacto delas nas cenas locais. Um de nossos principais objetivos é aprender mais sobre DJs e produtoras fora das maiores cidades e dar a elas a chance de tocar em alguns dos melhores locais do país.

Tem sido incrível sentir o amor e o quanto as meninas em todo o Brasil apreciam a Closer. Se eu inspirar uma menina a perseguir seu sonho, tornar-se uma DJ, fazer música, comandar sua festa, programa de rádio ou iniciar um selo... sei que minha missão foi cumprida.

Há muitas mulheres talentosas no Brasil, como Valentina Luz e Badsista. Eu também mencionaria From House To Disco, Paulete Lindacelva, que são excelentes DJs de house music, e Pri Diaz, uma ótima DJ e produtora de tech house.

“Agora estou numa posição de poder, mas sei que muitas garotas ainda têm que lidar com muita besteira o tempo todo”

Você também é cantora do ‘Bleeping Sauce’. Podemos esperar algo de você novamente com essa banda?

Bleeping Sauce é um sonho realizado! Isso me tirou da minha zona de conforto e me levou a um estúdio para cantar. Sonhava em ter uma banda desde que era uma menina. Fiz aulas de guitarra e canto por alguns anos.

Bleeping Sauce era minha banda de duas pessoas. Depois de muitos anos de uma carreira sólida como DJ, era hora de me desafiar, fazer algo mais musical e não visar a pista de dança. Tenho muito orgulho da música que escrevemos e da turnê ao vivo que fizemos... no momento, está em pausa devido a questões pessoais.

Quais empreendimentos criativos você planeja explorar a seguir? Algum plano para expandir horizontes, assim como com a Re.source?

Quando recebi a confirmação para o Lollapalooza, soube que precisávamos criar algo grandioso; caso contrário, eu sumiria naquele palco colossal, haha.

Tenho tocado com frequência em festivais de música mainstream/tradicional agora, e sem dúvida, visuais e efeitos fazem diferença no impacto e na experiência que você oferece.

Em vez de ter os visuais do festival, eu queria que eles fizessem parte da história que eu queria contar e criassem um vínculo mais forte com meus fãs.

Bruna Isumavut é a diretora de arte da Re.source e trouxe Ju Matos, da The Force, um dos coletivos criativos mais fascinantes de São Paulo.

Priscila Prestes, mais uma vez, é nossa produtora executiva, e foi um projeto muito desafiador de entregar, pois nunca havíamos trabalhado em algo dessa magnitude.

A Re.source combina música, luzes, arte e tecnologia; usa todos esses meios para traduzir o que eu quero expressar musicalmente e conectar as pessoas em um nível mais elevado, não apenas no local, mas também com as pessoas assistindo ao vivo pela TV. Mal posso esperar para levá-lo novamente a um festival no próximo ano.

Além disso, tenho trabalhado em uma colaboração com o produtor brasileiro ID ID, então haverá mais música sendo lançada em 2024. Já testei algumas delas, e a reação foi ótima.

Atualmente, temos visto uma onda empolgante de modelos como Anfisa Letyago, Estella Boersma ou Talia A Darling se saindo muito bem nas cabines. Qual é a sua opinião sobre isso? O mundo do DJing e da moda funcionam bem juntos?

Você pode ser DJ, produtora, ter uma carreira de modelo e administrar um selo. As pessoas deveriam poder fazer o que quiserem, mas sabemos que é diferente do que acontece com a beleza ou ter uma carreira de modelo não torna sua vida mais fácil se você quiser ser levada a sério na cena.

A imagem é essencial hoje em dia, e há muitas oportunidades para um artista mostrar diferentes aspectos de seu trabalho, seja modelando, fazendo um podcast ou colaborando com marcas de moda.

Ainda assim, acredito que você precisa oferecer muito mais do que uma aparência sólida para ter uma carreira consistente ao longo dos anos.

Por muitos anos, especialmente no início, havia tantas regras, criadas por homens, é claro, sobre como deveríamos agir para ter uma carreira de sucesso e ser respeitadas.

Nunca vou esquecer uma conversa que tive com um bom amigo, que é um agente poderoso, e ele disse que as garotas seriam julgadas se agissem ou se vestissem muito sexy.

Eu nunca mudei a maneira como me visto ou me apresento para me encaixar nesses padrões. Sei que muitas garotas cobririam seus corpos e se vestiriam de maneira mais discreta para serem levadas a sério, mas seria difícil de qualquer maneira.

Não mudaria nenhuma decisão que tomei ao longo dos anos, porque sei que não comprometi para chegar onde estou agora, mesmo que tenha levado décadas. Isso não tem preço.

As mulheres têm que provar a si mesmas o tempo todo. Se você é boa o suficiente, talentosa o suficiente, sempre será questionada. É exaustivo, mas realmente acredito que nos tornamos muito fortes.

Você vê essa geração de artistas fazendo música, tocando sets incríveis, sendo atrações principais de todos esses grandes festivais e entregando isso apenas porque precisamos entregar o tempo todo.

Há muito pouco espaço para erros se você é uma mulher, e ainda assim, precisa lidar com uma grande quantidade de misoginia todos os dias.

É chocante ver a quantidade de ódio com que muitas DJs mulheres lidam nas redes sociais, e na vida real, a maioria é normalizada como o preço a pagar. Simplesmente não é aceitável.

Finalmente, que mensagens você considera essenciais para compartilhar com jovens mulheres que estão pensando em seguir uma carreira na indústria da música?

Confie em seus instintos e em seu coração. Você sempre saberá o que é melhor para você. Trabalhe duro, mas lembre-se sempre de se divertir e aproveitar a jornada.

“Minha conquista mais significativa é simplesmente estar aqui depois de mais de 20 anos. Isso é um grande privilégio”

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