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Eli & Fur: a dupla britânica que vem redefinindo a Música Eletrônica celebra uma Década de Dance Music

Uma entrevista exclusiva para saber mais no 10º aniversário de Eli & Fur

  • Interview: Rocio Flores | Photographer: Fletcher Cowan | Makeup: Marlaine Reiner | Technical Assistant: Nick Vitale
  • 25 October 2023

Nada é mais apaixonante do que testemunhar a vulnerabilidade e o empoderamento convertidos em música eletrônica, onde vocais evocativos e melodias nos convidam a viver um momento único na pista de dança; isso é o que Eli & Fur nos fazem sentir.

A dupla dance britânica nos deu respostas minuciosas e ponderadas, demonstrando seu compromisso e amor pela música que produzem e pela química etérea que exala enquanto se apresentam nos eventos mais incríveis ao redor do mundo, como ANTS, Glastonbury, EDC, Creamfields, Coachella ou Tomorrowland, fora as apresentações ao vivo para núcleos como Cercle, Boiler Room e BBC Radio 1 Essential Mix.

Após o sucesso do primeiro álbum ‘Found in The Wild’, sua narrativa sonora desencadeou uma revolução que se transformou em uma autêntica obra de arte, nos dando uma nova perspectiva do que estava acontecendo em suas mentes e nos deixando ansiosos por mais.

Suas composições fascinantes fizeram parte de selos de alto nível como Anjunadeep, LNOE, Cercle, Armada Electronic Elements, Crosstown Rebels e sua própria NYX Music.

Este mês, Eli & Fur celebram o 10º aniversário de seu legado musical com uma nova versão de ‘You’re So High’, um single que abriu as portas de um começo magnífico na indústria da música.

Para celebrar esta conquista, conversamos com elas sobre sua arte e seu desenvolvimento pessoal durante a década e descobrimos os segredos de suas inúmeras collabs com artistas como Meduza, Camelphat, Rodriguez Junior, Booka Shade e recentemente Sasha.

Fique de olho; tem muito mais pela frente!

“É essencial para nós termos um meio criativo no qual possamos estar envolvidas em todas as etapas do processo de tomada de decisão”

Olá meninas, bem-vindas! Como vocês acham que a indústria da música evoluiu desde que começaram, dos tempos da Xenomania? Alguma vez imaginaram que suas carreiras chegariam a este ponto?

As coisas mudaram muito, quando começamos, só existiam blogs de música online, downloads gratuitos e nada de Spotify. Você só precisa continuar evoluindo junto.

As coisas sempre mudarão e é importante para nós abraçar isso e usar as mudanças de maneira positiva.

Usar as coisas que você pode adaptar como ferramenta e não se prender demais nas partes negativas que podem não parecer boas para você.

Que desafios vocês enfrentaram na indústria e como conseguiram se manter positivas?

Ambas achamos difícil a natureza descartável da indústria e a baixa capacidade de atenção de algumas audiências.

As pessoas parecem ter menos paciência hoje em dia, especialmente com a quantidade de conteúdo que é colocado diante de nós diariamente.

No entanto, sempre vai existir verdadeiros amantes da música por aí, em busca das coisas mais autênticas.

Existe alegria se você procurar. Está nos lugares menos óbvios.

Este ano, não estamos apenas celebrando dez anos de inúmeras histórias, aprendizados e desafios, mas também estamos trazendo uma nova era para o selo NYX, juntamente com uma nova versão do seu primeiro lançamento, ‘You’re so High’. Parabéns! Como buscaram evoluir a jornada sonora da NYX? O que fica no selo e o que precisa mudar?

É importante para nós ter um lugar criativo onde podemos estar envolvidas em todas as etapas da tomada de decisões, no cronograma e direção artística.

Estamos muito empolgadas em construir algo do qual possamos nos orgulhar. Queremos dar destaque a talentos reais, músicos, compositores e produtores que acreditamos.

Já passou pela mente de vocês criar um showcase da NYX em um futuro próximo?

Sim, com certeza, adoraríamos fazer algo assim mais adiante.

O que podem dizer da nova versão de ‘You Are So High’? A original foi um sucesso!

Esta versão está um pouco mais voltada para a pista de dança, algo que podemos tocar em nossos sets, e incorpora influências da música que fizemos e descobrimos ao longo dos últimos 10 anos, ao mesmo tempo em que permanece fiel à original.

Percebemos que cada faixa que vocês produzem tem vocais impressionantes. Por que? Podem contar sobre a importância de dedicar tempo à escrita de letras excelentes e sobre as emoções que mais frequentemente emergem em suas faixas?

Como criativas, ambas precisamos de um meio que nos permita transformar sentimentos e emoções em arte. Isso é o que nos mantém motivadas. Sem isso, as coisas se tornariam avassaladoras.

Temos a sorte de poder criar música eletrônica por meio da qual podemos contar histórias. Comunicar sentimentos como tristeza, alegria e desgosto em uma faixa que podemos tocar em nossos sets de DJ e, eventualmente, em nossos shows ao vivo.

Essa vulnerabilidade que sentimos em suas faixas e sets de DJ nos fez pensar, como vocês mesclam o som de balada com algo introspectivo em seus live shows? Vocês acham que quando se apresentam, o público sente suas emoções e vice-versa?

Isso sempre foi um desafio, vocês têm que equilibrar as coisas o suficiente para manter a energia, o pulso, o ritmo e o coração da música eletrônica, que realmente inspirou o cerne do projeto, com esses aspectos mais relacionados à escrita de canções e vocais.

Tem que haver a quantidade perfeita de tristeza, mas também de alegria, e escuridão. É algo difícil de alcançar, mas quando conseguimos, os momentos na pista de dança são lindos.

Dizem os boatos que 2024 nos trará um novo álbum! Vocês podem nos dar uma prévia?

Um novo álbum está no horizonte. Mal podemos esperar, pois é muito emocionante ter um grande corpo de trabalho com uma história para contar.

Esta música é ainda mais diversificada, mas ainda no espaço eletrônico, e a seguiremos com um show ao vivo do qual estamos muito animadas.

Diriam que a criação do álbum anterior de vocês, ‘Found in The Wild’, mudou a perspectiva de vocês sobre a composição de músicas? Quanto isso afetará o que está por vir?

Sim, com certeza, especialmente por se tratar do nosso primeiro álbum. Com “Found In The Wild”, tivemos dois lados no álbum.

Um lado nos permitiu expressar a composição de canções, e o outro nos permitiu criar uma energia mais voltada para a pista de dança. Gostamos de ser diversos em nossas criações.

Foi libertador poder fazer o que parecia certo no momento, sem limites ou restrições. Realmente nos ajudou a definir os dois lados de nós, o que nos deu mais clareza e habilidade para entrelaçar os mundos numa faixa tão coesa.

“A nova versão de ‘You’re So High’ foca na pista, incorporando influências do som que fizemos e descobrimos ao longo dos últimos 10 anos”

A maior parte de sua música saiu pela Anjunadeep; o que podem nos dizer sobre sua jornada por meio do selo? E por que ele é tão especial para vocês?

Eles foram o primeiro selo que demonstrou interesse em nossa música e nos deram essa plataforma incrível.

Tem sido um relacionamento incrivelmente importante ao longo dos anos, a base de fãs é maravilhosa e foi um ótimo lar para nossa música.

Queremos continuar trabalhando com a Anjunadeep, ao mesmo tempo em que temos nossa própria plataforma em nosso selo. É um selo que nos inspirou a construir o nosso.

Collabs com Meduza, Nico de Andrea e Camelphat abençoaram parte de sua jornada. Qual é a coisa mais legal que vocês aprenderam com todas essas collabs em termos de produção e pessoalmente?

Trabalhar com outros produtores sempre nos dá uma nova perspectiva quando voltamos ao estúdio. Cada um trabalha de maneira diferente, então é uma ótima experiência e aprendizado.

Foi muito legal colaborar com o Meduza, enviamos a eles o vocal e os acordes, então as partes melódicas já estavam criadas.

Eles adicionaram sua incrível produção e realmente mudaram a energia de uma maneira que funciona muito bem na pista de dança, mas mantiveram a emoção.

É tão interessante ter a mente de outra pessoa em uma faixa, adoramos colaborar.

‘Pegasus’ explodiu nas paradas ao atingir mais de 16 milhões de plays no Spotify. Como os estilos de produção característicos seus e do Meduza se equilibram na faixa? Como foi trabalhar com eles nisso?

Trabalhamos remotamente e enviamos algumas ideias de um lado para o outro. Não demorou muito para encontrarmos um equilíbrio entre nós que pareceu certo.

A música que amávamos se transformou em um momento incrivelmente enérgico na pista de dança. Foi o equilíbrio perfeito e funciona muito bem. Adoramos tocá-la.

Sua música e vocais etéreos nos fazem nos conectar profundamente com vocês, e supomos que outros artistas também tenham sentido isso e que podemos ver isso nos remixes que fizeram. Como as faixas ganham novos significados para vocês ao vê-las reinterpretadas por grandes produtores como Maya Jane Coles, Nils Hoffman, Marsh ou Rodriguez Jr.?

É incrível ter artistas tão talentosos recriando algo especial para você. Há muitos produtores que amamos, então um remix é uma ótima maneira de nos conectar e ouvir o que eles podem fazer com nossa própria música.

É incrivelmente especial. Amamos todos os artistas que fizeram remixes para nós, eles sempre têm um lugar especial em nossos corações.

Qual dessas faixas tem história que podem compartilhar conosco? Nota pessoal: Devo confessar que ‘Night Blooming Jasmine’ ficou entre as minhas três músicas favoritas no Spotify por três anos consecutivos. Simplesmente não consigo parar de ouvi-la. Obrigado por criar essa beleza!

‘Night Blooming Jasmine’ é especial para nós também! Obrigado por também apreciá-la! Foi uma música que escrevemos sobre Los Angeles e uma história de amor. Rodriguez Jr fez uma interpretação simplesmente perfeita.

Lembro-me de quando tocamos pela primeira vez em um pequeno club na Índia. Aquele arpejo entrou e todos simplesmente enlouqueceram. Ele capturou a emoção da música e a traduziu na instrumentação, ele tem um talento incrível.

“As pessoas estão menos pacientes hoje em dia, especialmente com o volume de conteúdo que é apresentado a nós”

Vocês poderiam nos contar algo sobre seus próximos shows e a experiência se apresentar em alguns dos maiores palcos e clubs do mundo, como Coachella, Glastonbury, ANTS ou Tomorrowland? Ainda encontram tempo para sair para baladas e na pista?

Fur: Com certeza, a festa Bloc em Chinatown, Los Angeles, com o DJ Tennis, foi a minha última “noite fora” com música fantástica.

Eli: Toquei em um festival chamado Gardens of Babylon, nos arredores de Amsterdã, que foi super especial. Intimista, pessoas adoráveis, verdadeiros amantes da música. Eu voltaria lá a qualquer momento!

Quais são seus objetivos para este ano? E onde podemos encontrá-las? E no Brasil?

Acabamos de tocar no Green Valley, no Brasil! Que lugar incrível! Sempre é incrível passar um tempo lá, e esperamos voltar em breve! Temos muitos objetivos para o resto do ano.

Vamos terminar o álbum e nos concentrar no estúdio! Além disso, ainda temos alguns grandes shows pela frente. Space Miami é um dos favoritos! E também a Sound em LA, onde moramos no momento. Será a festa de lançamento do novo selo!

Por fim, qual música melhor define a amizade de vocês ao longo destes anos?

Uma de nossas próprias músicas? Ou de outra pessoa? Se pudéssemos escolher uma de nossas, provavelmente seria “Broken Parts”.

A lançamos como parte do álbum e filmamos o video durante uma noite inteira em LA, terminando na praia ao nascer do sol. Foi uma representação perfeita do que estava acontecendo em nossas vidas naquele momento.

A música é triste, mas as lembranças de criá-la e filmar o videoclipe sempre nos fazem sentir nostalgia e apreciar todos esses anos de amizade.

Outra música de outra pessoa provavelmente seria “Miike Snow - Cult Logic”. Ela foi lançada em 2009, quando estávamos correndo por Londres, como melhores amigas, inspiradas pela música ao nosso redor. Sempre foi uma de nossas faixas favoritas.

Obrigada, meninas, por seu tempo e por nos permitirem conhecer vocês através da beleza de sua música.

Muito obrigada por conversar conosco!

“Anjunadeep foi o primeiro selo que demonstrou interesse em nossa música e nos proporcionou essa incrível plataforma.”

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