Edit Revenge

Como funciona o processo criativo? Além da criação das músicas, existe um processo em conjunto com a parte visual?

Essa parte é muito divertida, quando estamos produzindo um som, seja ele edit ou original, automaticamente já começamos a imaginar todo o visual que vai ele vai representar, assim que a musica é finalizada, mandamos para o pessoal do visual com as nossas ideias e eles já começam toda produçao do conteúdo.

Além dos edits "temáticos", vocês também têm material 100% autoral, como é o caso de 'I Surrender', lançado pela Noir Music, da Dinamarca. Contem sobre esse lançamento.

Após prepararmos diversos edits pro nosso primeiro show, as ideias de músicas próprias dentro daquele mesmo contexto começaram a aparecer, e 'I Surrender' foi a primeira delas.

Procuramos o Roland depois de ter criado a base, pois sabíamos que ele era o cara certo para criar uma história e uma letra que se adequasse à toda a tensão criada na atmosfera da música.

Na verdade, a versão lançada já tinha sofrido algumas alterações, depois de termos tocado nos nossos primeiros shows a versão inicial, e é bem mais redonda na pista.

A escolha do Noir Music se deu pela nossa proximidade ao Rene (Noir), e pela nossa admiração pelo trabalho que ele vem realizando com o selo nos últimos anos.

A resposta foi extremamente positiva, e tivemos feedbacks de gigantes da música eletrônica dos mais variados estilos, e acreditamos que foi muito importante para nos colocar no mapa, no mercado mundial.

Recentemente vocês produziram dentro do Red Bull Station, como foi trabalhar num estúdio desse porte?

Foi uma experiência incrível! O espaço criado pela Red Bull é um ambiente que inspira (e respira) a criação de arte, e o estúdio passa essa mesma energia.

Nos sentimos à vontade trabalhando lá e fomos super bem recebidos por toda a equipe. Eu (Wehbba) já havia trabalhado, como assistente, em alguns estúdios de grande porte há cerca de 10 anos, quando ainda estava começando na área de produção.

Porém, ao criar em um ambiente desse, e ter à nossa disposição equipamentos hi-end que normalmente usamos em versões virtuais, deu outra dinâmica ao nosso trabalho, e o resultado foi surpreendente.