Do Brasil à Austrália: entrevistamos LoopBass
Saiba mais sobre a história do DJ baseado na Gold Coast
Estabelecer-se no Brasil é um desafio para muita gente. Depois que o país passou por uma das piores crises econômicas — que teve início lá por 2014 — muita gente refletiu sobre continuar ou não apostando em uma vida profissional por aqui.
Este foi um dos principais motivos que fez Vinicius Pereira Silva aka LoopBass largar o emprego que mantinha por aqui para tentar algo maior no exterior.
Sua escolha foi a Austrália, um país repleto de praias e belezas naturais, assim como o Brasil, mas com uma cena eletrônica ainda pouco desenvolvida, oportunidade observado pelo artista.
Foi lá, praticamente do outro lado do mundo, que Vini começou a construir uma nova carreira profissional, desta vez dedicada à música.
Carregando suas principais influências (Psy Trance e Techno), o artista desenvolveu sua própria identidade e pouco a pouco vai ganhando espaço pelos principais clubs do país.
No início de novembro, em parceria com Mindroom Innovation e Information Planet, ele até mesmo irá realizar um workshop chamado “How to become a DJ”, compartilhando algumas dicas para começar a carreira musical na Austrália.
Um pouco mais desta aventura está contada em detalhes pelo próprio LoopBass, que tirou um tempinho para realizar uma entrevista exclusiva com a Mixmag.
Acompanhe:
Olá, Vini! Muito obrigado por nos atender. Conta pra gente como começou sua relação com a música em uma ótica mais profissional? O que te levou a acreditar numa carreira artística?
Começou assim que cheguei na Austrália e passei a ver o país como uma grande oportunidade de iniciar uma carreira.
Aqui é possível comprar equipamentos com preço mais acessível, sem contar que os salários são relativamente maiores que no Brasil.
Também consegui encontrar mais tempo para me dedicar à música, meu antigo trabalho como analista de sistema, ainda no Brasil, acabava tomando todo meu tempo.
Assim que decidi seguir com a música, comecei a estudar o mercado e a entender como suas variáveis trabalham em conjunto.
Toquei em algumas festas de amigos até surgir a oportunidade de fazer uma noite mais underground em um antigo club na Gold Coast.
Foi então que, em parceria com um grande amigo, Andrei Borba — que voltou para São Paulo para trabalhar como videomaker — criamos a label Out of Time e também a MakeOut Productions.
Com essas marcas fizemos mais de 20 eventos entre 2016 e 2018 e conseguimos resgatar a cena underground que estava em baixa por aqui.
Nesse período acabei conhecendo vários players do mercado e foi assim que outras oportunidades foram aparecendo.