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Do Brasil à Austrália: entrevistamos LoopBass

Saiba mais sobre a história do DJ baseado na Gold Coast

  • Marllon Gauche
  • 24 October 2019

Estabelecer-se no Brasil é um desafio para muita gente. Depois que o país passou por uma das piores crises econômicas — que teve início lá por 2014 — muita gente refletiu sobre continuar ou não apostando em uma vida profissional por aqui.

Este foi um dos principais motivos que fez Vinicius Pereira Silva aka LoopBass largar o emprego que mantinha por aqui para tentar algo maior no exterior.

Sua escolha foi a Austrália, um país repleto de praias e belezas naturais, assim como o Brasil, mas com uma cena eletrônica ainda pouco desenvolvida, oportunidade observado pelo artista.

Foi lá, praticamente do outro lado do mundo, que Vini começou a construir uma nova carreira profissional, desta vez dedicada à música.

Carregando suas principais influências (Psy Trance e Techno), o artista desenvolveu sua própria identidade e pouco a pouco vai ganhando espaço pelos principais clubs do país.

No início de novembro, em parceria com Mindroom Innovation e Information Planet, ele até mesmo irá realizar um workshop chamado “How to become a DJ”, compartilhando algumas dicas para começar a carreira musical na Austrália.

Um pouco mais desta aventura está contada em detalhes pelo próprio LoopBass, que tirou um tempinho para realizar uma entrevista exclusiva com a Mixmag.

Acompanhe:

Olá, Vini! Muito obrigado por nos atender. Conta pra gente como começou sua relação com a música em uma ótica mais profissional? O que te levou a acreditar numa carreira artística?

Começou assim que cheguei na Austrália e passei a ver o país como uma grande oportunidade de iniciar uma carreira.

Aqui é possível comprar equipamentos com preço mais acessível, sem contar que os salários são relativamente maiores que no Brasil.

Também consegui encontrar mais tempo para me dedicar à música, meu antigo trabalho como analista de sistema, ainda no Brasil, acabava tomando todo meu tempo.

Assim que decidi seguir com a música, comecei a estudar o mercado e a entender como suas variáveis trabalham em conjunto.

Toquei em algumas festas de amigos até surgir a oportunidade de fazer uma noite mais underground em um antigo club na Gold Coast.

Foi então que, em parceria com um grande amigo, Andrei Borba — que voltou para São Paulo para trabalhar como videomaker — criamos a label Out of Time e também a MakeOut Productions.

Com essas marcas fizemos mais de 20 eventos entre 2016 e 2018 e conseguimos resgatar a cena underground que estava em baixa por aqui.

Nesse período acabei conhecendo vários players do mercado e foi assim que outras oportunidades foram aparecendo.

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