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Conheça mais o trabalho do brasileiro Davis em entrevista exclusiva

Um bate-papo inspirador para iniciar 2020

  • Marllon Gauche
  • 7 January 2020
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A ODD se tornou uma referência no cenário underground independente de São Paulo. Ao que você credita tal reconhecimento?

Na sua visão, a cena paulistana continua crescendo assim como aconteceu nos últimos anos?

A entrega de uma experiência sonora e visual, num ambiente seguro, que reflete a minha visão criativa e artística dentro do coletivo.

Acho que o grande segredo é que conseguimos imprimir uma curadoria de maneira consistente, que é ajustada a cada edição e vem sendo bem aceita pelo público.

Oferecemos aos artistas uma oportunidade especial para se apresentar livremente, sem qualquer tipo de barreira.

Nos encontramos, discutimos e trazemos sugestões a todo momento e acompanhamos o que tá acontecendo no universo musical.

Trabalhamos para que a noite seja coesa musicalmente e visualmente, essa é uma questão muito presente para todos nós, sempre precisa ter um fio condutor que guia a proposta da noite.

A gente tá sempre refletindo, buscando provocações e testando possibilidades numa mescla entre talentos locais e convidados.

A ODD surgiu justamente para que possamos exercitar nossa criatividade e curadoria por meio de uma plataforma que entendemos bem.

Contamos com um time de pessoas incríveis e muito diversas, que potencializam nossa visão e nos ajudam a pensar em cada detalhe da experiência, desde a divulgação até ao cuidado da última pessoa que sai da festa. Acredito que essa união de pessoas é o que faz a cena continuar crescendo.

Você já tá inserido na cena desde o início dos anos 2000, certo? Na sua visão, para onde a música eletrônica underground está caminhando?

Quais são as novas tendências deste movimento e como você enxerga a participação da nova geração nisso tudo?

A música tem se tornado cada vez mais acessível, acredito que seja algo natural.

Vejo o quanto as pessoas se sentem livres hoje para criar núcleos de festas, selos, grupos de amigos para produzirem músicas juntos, etc., antes essa realidade era diferente, só quem tinha muito dinheiro fazia isso e explorava aquilo num formato específico de acordo com o segmento.

Agora, com o reaquecimento das festas independentes, vemos cada vez mais a cidade sendo ocupada por diferentes iniciativas e expressões artísticas, o sentimento de liberdade tem se tornado mais presente, e tudo isso começa com jovens se reunindo, pegando uma economia extra (ou que nem mesmo existe) e fazendo dar certo.

Praticamente todo DJ mantém uma atividade regular nas mídias sociais atualmente.

Você acredita que elas são uma parte essencial para o desenvolvimento do artista hoje em dia? Como você busca se manter conectado com sua base de fãs?

Eu acho importante, é uma maneira relevante de expandir o seu trabalho, mas ao mesmo tempo tem armadilhas que as pessoas precisam evitar.

Manter um conteúdo de qualidade, sem fugir do mundo real, interagir de forma sincera e verdadeira, isso faz uma rede social ser relevante.

Eu acabei de lançar o meu site (www.otherdavis.com) porque sentia falta de unir as informações em um lugar só, que tem mais a minha cara!

É um espaço para me conectar com meus fãs de uma forma diferente também, fora dos vícios das redes sociais, estou curtindo.

Você possui lançamentos importantes pela Live at Robert Johnson, Innervisions, Permanent Vacation…

Há alguma gravadora ainda não alcançada na sua bucketlist? Quais labels você têm acompanhado e como você busca encontrar novos selos diariamente?

Hoje minha filosofia é fazer música independente do resultado. Só depois penso o que vou fazer com ela.

Nesse exato momento eu tô só produzindo e não tô mandando nada pra ninguém, preciso entender e analisar o que isso tudo vai virar.

Não tem regra, pode vir vários EPs, um álbum, não sei…

Também tenho recebido muito material de artistas e gravadoras, mas a minha maior pesquisa vem mesmo do bandcamp, é onde eu gasto bastante tempo garimpando.

In Their Feelings é como uma extensão artística sua e de Zopelar, certo? O que fez com que vocês diminuíssem o ritmo de lançamentos, criando esse hiato de quase 1 ano e meio sem novos releases? Há planos futuros para a gravadora?

Queremos fazer uma sequência de lançamentos nos próximos meses.

A ideia é que tanto a In Their Feelings quanto a ODDiscos tenha uma amplitude musical maior, sem se limitar apenas à músicas de pista.

Queremos iniciar uma nova fase, apresentar um material diverso, apostar nossas fichas em algo como o recém lançado projeto do L’Homme Statue.

L’Homme Statue

ODDiscos (Incarn EP)

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