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Chemical Surf: duo fala sobre nova residência na Praia do Rosa, lançamentos recentes, identidade e mais em entrevista exclusiva

Falar de música eletrônica nacional é falar de Chemical Surf, um dos projetos brasileiros de música eletrônica mais emblemáticos já revelados no país

  • Redação
  • 13 December 2024

Formado pelos irmãos Lucas e Hugo Sanches, o duo nasceu em Maringá e já acumula mais de 20 anos de carreira, tendo conquistado uma posição de destaque nos maiores festivais do mundo, como Tomorrowland, Rock in Rio e Lollapalooza, além de turnês internacionais e collabs com gigantes como Tiesto, Meduza, Kaskade, Robbie Rivera, Yolanda Be Cool, Rita Lee, Tube & Berger, Cristoph, Steve Aoki, Gabriel O Pensador e Nfasis.

Com hits que ultrapassam a marca de 400 milhões de streams, como ‘Hey Hey Hey’, ‘Terremoto’ e ‘Pararam’, eles também são conhecidos pela energia que levam aos palcos e pela filosofia “RIP GENRES”, já que gostam de explorar diversos gêneros musicais e não se limitar a um estilo específico.

Após um período sabático no primeiro semestre de 2024, o duo voltou renovado e cheio de novidades, com lançamentos importantes pela Get Physical, participação no álbum Senna Driven, que homenageou o legado de Ayrton Senna e o anúncio a segunda temporada do Chemical Surf Residency.

Inspirada pelas residências semanais de Ibiza, essa nova edição irá acontecer novamente na Praia do Rosa, em Santa Catarina, mas desta vez terá como lar o Maram Beach Club, unindo uma curadoria ousada em um cenário deslumbrante de frente para o mar. As festas irão acontecer sempre uma vez por mês, de dezembro à março.

Em um papo exclusivo para a Mixmag Brasil, a dupla falou sobre a expectativa dessa residência, a nova fase da carreira, seus últimos lançamentos e mais. Confira:

Q+A: Chemical Surf

Vocês já tiveram uma residência no Maram Beach Garden no passado. O que levou vocês a firmarem essa parceria com o club novamente? A Praia do Rosa é um lugar especial? Existe uma conexão maior com o público de lá ou algo nesse sentido?

O que nos fez juntar forças com o Maram, além do espaço privilegiado de frente para o mar, foi o fato de eles movimentarem a cena local de forma muito consistente há muitos anos. Eles também organizam a conceituada festa de réveillon “Virada Mágica” na Praia do Rosa e têm muita experiência na produção de eventos.

O Rosa é muito especial para nós, afinal moramos aqui desde 2020, sempre revezando com Balneário Camboriú. Já nos sentimos parte do estilo de vida local e estamos felizes em fortalecer a cena de música eletrônica na região.

Como foi a experiência da primeira edição da residência e o que vocês pretendem trazer de diferente nesta ‘segunda temporada’?

A primeira experiência que tivemos com a residência na Praia do Rosa, em 2023, superou todas as nossas expectativas. Conseguimos criar uma atmosfera onde todos os DJs tiveram liberdade para tocar e experimentar o que quisessem. A resposta do público foi incrível!

Nesta edição, mudamos para o Maram Beach Garden, uma das localizações mais privilegiadas da Praia do Rosa. Agora, o formato da festa passa a ser sunset. Não queríamos nada “grandioso”, com mega palcos e grandes estruturas de LED, apenas bons DJs, um sistema de som de qualidade, pouca decoração e um ambiente intimista de frente para o mar. Nosso objetivo é atrair pessoas interessadas em curtir festas onde a música seja o principal fator.

Aliás, tocar em um lugar que fica em frente ao mar exige uma proposta musical diferente. O set de vocês deve mudar bastante em relação a uma apresentação em um club ou um grande festival, não é? Como vocês buscam fazer uma pesquisa que combine com a atmosfera do lugar e ainda assim mantenha a coerência com a identidade do Chemical Surf?

Sim, com certeza! Acreditamos que cada festa, cada momento e cada lugar têm suas peculiaridades. Por isso, gostamos de explorar nosso feeling de pista e todo o nosso background musical em cada apresentação. Nunca tocamos o mesmo set, mas sempre tentamos manter nossa personalidade em todos eles.

Podemos dizer que essas apresentações no Maram vão ser tanto para quem já é fã do Chemical Surf quanto para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de vê-los tocar?

Sim, recebemos muitos fãs antigos, mas também pessoas que estão nos ouvindo pela primeira vez. A Praia do Rosa recebe gente do Brasil e do mundo todo no verão. Sempre ganhamos novos fãs e amigos a cada edição.

Agora falando de coisas que aconteceram mais recentemente… Vocês participaram do álbum Senna Driven com o single “Valeu Brasil”. Podem nos contar um pouco mais sobre a ideia por trás, como foi a escolha do sample utilizado e mais detalhes?

Foi muito emblemático fazer um feat. oficial com a voz do nosso eterno ídolo Ayrton Senna. Recebemos vários depoimentos e entrevistas da equipe que estava organizando o álbum, mas essa era a única em português. Achamos mais interessante que fosse em sua língua nativa, por isso escolhemos esse sample.

Trabalhamos nessa faixa junto com o duo espanhol Poleposition, que, inclusive, tem como um de seus integrantes o ex-piloto de Fórmula 1 Jaime Alguersuari. Foi um prazer juntar nosso som com o deles para essa ocasião tão especial.

Neste ano, vocês também tiveram outros dois lançamentos que performaram muito bem, Mercy e O Superman, ambas pela Get Physical Music. As duas carregam uma estética um pouco diferente do que os fãs estão acostumados a ouvir de vocês, uma mais afro, outra mais minimalista… Essa aventura por sons diferentes é algo que vocês têm buscado mais recentemente?

Quem acompanha o Chemical Surf mais de perto sabe que sempre nos aventuramos por “sons diferentes”. Nossa filosofia Rip Genres (“Descanse em paz, gêneros”, em inglês) nos acompanha desde 2013, quando decidimos que não ficaríamos mais presos a apenas um estilo de música. Continuamos com a ideia de misturar todas as nossas influências e referências para criar algo novo, que seja coerente e não soe genérico, mantendo nossa personalidade.

Esse ano fizemos muita música, mas guardamos a maioria para lançar no ano que vem. Essas duas que saíram pela Get Physical atingiram boas colocações no Top 100 do Beatport e receberam suporte de grandes artistas como Marco Carola, Sasha, Richie Hawtin, Adriatique, Guy J, Nic Fanciulli, Paco Osuna, Riva Starr e vários outros.

No início do ano, vocês passaram seis meses longe dos palcos como uma espécie de período sabático, para desacelerar um pouco e focar no trabalho de estúdio. Em quais sentidos essa pausa ajudou o projeto além do criativo? Quais outros impactos vocês sentiram nessa volta aos palcos?

Esse ano completamos 21 anos de carreira como DJs. Nos últimos dez anos, tivemos um ritmo muito frenético na estrada e nos lançamentos. É normal o corpo e a mente pedirem uma pausa. Esse período longe dos palcos fez muito bem para nós. Estamos nos sentindo com a energia renovada, o que influencia diretamente na parte criativa.

Por fim, existe ainda alguma outra novidade que vocês gostariam de adiantar de forma exclusiva para quem acompanha o trabalho de vocês? Obrigado!

No dia 18 de dezembro sai nosso último lançamento do ano pela Get Physical. É uma faixa em parceria com o Starving Yet Full, ex-vocalista do Azari & III, responsável por faixas icônicas como Hungry for the Power.

A música já está pronta faz algum tempo, e o público tem nos pedido bastante. Estamos animados para finalmente dividi-la com o mundo. Além dessa, temos muita coisa pronta para lançar em 2025. Fiquem ligados!

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Imagens: Divulgação

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