ANDREA OLIVA: a trajetória desde quando aprendeu sozinho a discotecar aos 12 até o sucesso internacional, IBIZA, Ushuaïa, ANTS e o MUNDO
Conversamos com Andrea para saber mais e ajudar a espalhar ainda mais sua música, seu label e sua história
O caminho para o sucesso que Andrea Oliva vive hoje não é fruto da sorte. A jornada começou há muito tempo quando, aos 12 anos, começou a aprender sozinho a arte de discotecar.
Logo depois, começou a trabalhar em uma loja de discos, o que o ajudou a construir sua extensa coleção de promos e white labels da Europa e além.
Esses empregos, subestimados por muitos, acabou ajudando-o a conseguir bookings em alguns dos melhores clubs da Suíça e, posteriormente, residências no Terminus e no Pravda.
Com a fama em seu país natal crescendo, Andrea se juntou ao dono da Nordstern em Basel, Agi Isaku, e a dupla logo estava dando festas lotadas da ‘Banditz’ por toda a Suíça.
A sua reputação levou-o a atravessar o continente até Ibiza, onde em 2004 foi convidado pela primeira vez para tocar na Space.
Em 2013, ele descolou slots para tocar com a festa ANTS em Ibiza - principal festa underground de Ushuaia - festas que são sucesso até hoje.
De fato, a própria marca ANTS já percorreu o mundo, e os sets de Andrea, que são sinônimo do ethos da festa, agitam palcos de Miami a Dubai, do México à Argentina e da Croácia ao Reino Unido.
Em 2016, Andrea, que já havia se consolidado no coração da cultura de Ibiza, tornando-se um dos sete convidados a assumir regularmente o Space Terrace para Elrow, fez sua estréia na Music On na Amnesia, mantendo seus compromissos como headliner da ANTS.
Sua habilidade de criar sets diferenciados atraiu a atenção de Pete Tong, que ajudou Andrea a fazer sua estreia no Essential Mix com um set gravado ao vivo no Ushuaia.
E após um B2B dos dois DJs na pool party All Gone Pete Tong Miami Music Week no início daquele ano, Andrea acabou sendo uma escolha natural para mixar a compilação All Gone Pete Tong Ibiza 2016 ao lado da super influente emissora.
Enquanto isso, suas credenciais underground foram reforçadas com um EP de estreia na Desolat, ‘Get Down’. Exibindo talentos de ponta para criar música em força total, as faixas do EP foram regularmente ouvidas e tocadas por DJs em toda parte, inclusive pelo chefe da gravadora Loco Dice que tocava ‘Elephant’ o tempo todo, em particular.
Depois rolou um lançamento matador na Hot Since 82’s “Knee Deep” chamado “Scream”, faixa que se tornou hino do verão e foi creditada como uma das novas músicas essenciais de Pete Tong, bem como uma das 10 melhores músicas do ano.
Pouco depois, Andrea lançou ‘Vermona’ na Cuttin Headz, outro hino de Ibiza com chefes do label, os Martinez Brothers, mantenda a faixa em rotação máxima no DC-10 e em praticamente todos os DJs do circuito, por toda parte.
Desnecessário dizer que a dedicação de Andrea à cena underground lhe rendeu amplo support e sua música é apreciada por uma variedade de estrelas da dance music.
Sua incrível ética de trabalho e amor por uma cena em constante evolução mostra que não há sinal de que essa trajetória desacelere tão cedo.
Conversamos com Andrea para saber mais e ajudar a divulgar ainda mais sua música, sua gravadora e sua história. Confira a seguir!
Olá Andrea, muito legal conversar com você e obrigado pelo seu tempo! Podria contar um pouco de sua história para opúblico brasileiro que talvez ainda não conheça você. Como tudo começou?
Eu tinha 12 anos quando descobri a música eletrônica e a arte de discotecar, desde então sou obcecado com os sons, a cultura e a indústria ao redor desse tipo de música.
Comecei a tocar muito jovem em minha cidade natal na Suíça. Mais tarde, por anos, trabalhei na distribuição de discos, lojas de discos e promovi meus próprios eventos na Suíça.
Através da minha música, gradualmente conquistei atenção internacional e aqui estamos hoje, 26 anos depois, viajando pelo mundo, divertindo, trabalhando em diferentes projetos em torno de nossa amada música.
Ficamos sabendo que você aprendeu sozinho a DJ aos 12 anos. Como você administrou seu primeiro equipamento de DJ, que tipo de configuração você tinha e quais eram os artistas que o inspiraram na época?
Sim, de fato, fui fisgado pela música desde muito jovem. O pai de um amigo tinha uma empresa onde podíamos fazer pequenos trabalhos para ganhar algum dinheiro, com esse dinheiro comprei um toca-discos bem ruim e comecei a aprender sozinho a mixar um disco no outro.
Morar na Suíça foi uma verdadeira bênção porque tínhamos uma grande cena rave nessa época e estando perto da Alemanha eu acompanhava artistas como Sven Väth, Jam&Spoon ou Cosmic Baby, que eram minha maior inspiração na época.
"Eu tinha 12 anos quando descobri a música eletrônica e a arte de tocar, desde então sou obcecado com os sons, a cultura e a indústria ao redor da música."
Em 2004 você foi convidado pela primeira vez a tocar na Space Ibiza e depois se tornou headliner da ANTS Ushuaia. Como conseguiu alcançar conquistas desse nivel? Qual foi a importância de tocar em um local famoso como a Space no desenvolvimento de sua carreira?
Toquei numa festa “In Bed With Space” na Suíça e o promoter gostou tanto do meu set que me convidou para tocar na festa semanal deles na Space Ibiza e assim começou minha história de amor com Ibiza.
Toquei regularmente durante anos em Ibiza até chegar o momento certo para construir algo próprio e, assim, junto com meu empresário e sua equipe, criamos a festa ANTS no Ushuaia.
Ibiza ainda é super importante para minha carreira, especialmente porque Ushuaia me dá um grande playground e exposição ao mundo da música eletrônica.
Cada show em Ibiza me dá muita inspiração e motivação para desenvolver mais ideias em projetos que podemos levar em turnê.
Você lançou músicas em selos incríveis como Hot Creations, Desolat, Truesoul, Play It Say It, Saved e Relief Records. Onde você lançou música pela primeira vez? Qual foi a evolução de seus lançamentos?
Meu primeiro lançamento foi em um selo chamado Joia Records.
Ao longo dos anos eu tive 3 selos muito importantes que apoiaram minha música desde os primeiros dias na produção musical, Nic Fanciulli com a Saved Records, Shlomi Aber com seu selo Be As One e Luciano com seu icônico selo Cadenza.
Depois de alguns lançamentos nessas gravadoras, conquistei a atenção de outras e tive a chance de lançar minha música em praticamente todas as minhas gravadoras favoritas incluindo essas que você mencionou.
"Meu primeiro lançamento foi em um selo chamado Joia Records. Eu tive 3 selos muito importantes que apoiaram minha música desde o começo na produção, a Saved Records de Nic Fanciulli, Be As One de Shlomi Aber e a Cadenza de Luciano."
Gostaria de saber mais sobre a All I Need, sua gravadora que já comemorou a 1º ano de vida e já está marcando presença no cenário da Dance Music. Quando surgiu a idéia de lançar seu próprio selo e qual era o principal objetivo desse novo projeto? Que tipo de música se encaixa nela? Como os artistas podem enviar faixas para o label?
Sempre quis fechar o círculo na minha carreira e ter minha própria gravadora, mas também queria construir uma marca em torno da música com diferentes setores, como eventos e uma linha de moda própria alinhada ao resto, o que anda de mãos dadas com nossa ideia de como queremos causar impacto no mundo com uma marca 360º, abrangendo todas as nossas paixões juntas.
Alguns podem perguntar qual é a ligação entre moda e música mas são exatamente esses desafios de colaborações que tornam nosso trabalho criativo e interessante. A forma de comunicação através da música e da moda por exemplo é a mesma ao meu ver; o que pode ser uma forte mensagem. Conectar esses 2 mundos, por exemplo, e enviar uma certa mensagem para o mundo é exatamente o que buscamos.
Olhando para a agenda, que inclui alguns dos maiores clubs e eventos do mundo, como Ushuaïa Ibiza e o Kappa Futur Festival, a gente chega a se perguntar se existe algum lugar em que você ainda não tenha tocado. Algum local que você queira tocar pela primeira vez?
O melhor exemplo é o Brasil, eu amo o Brasil, mas nunca toquei no país e espero que nossos projetos abram as portas para esse mercado.
É por isso que temos projetos como a All I Need, que têm potencial de abrir territórios. Já toquei em praticamente todo o mundo, mas ainda há muitos lugares novos para descobrir.
"Eu amo o Brasil, mas nunca toquei no país e espero que nossos projetos abram as portas para esse mercado."
Como anda a residência ANTS no Ushuaïa Ibiza esse ano?
A Ants teve um impacto incrível em Ibiza este ano, tivemos quase todos os shows esgotados e também tivemos muitos novos nomes adicionados ao line up, como o próprio brasileiro Vintage Culture, Boris Brejcha, e ARTBAT, mas ainda tendo nossos artistas favoritos de todos os tempos desde primeiro dia conosco, como Kölsch, Maya Jane Coles e Nic Fanciulli, para citar alguns.
Falando sobre o selo All I Need, você pode compartilhar algo sobre os próximos lançamentos?
O novo lançamento é do nosso bom amigo e incrível artista Black Circle. Uma bomba melódica!
De volta à sua carreira de DJ & produtor, como está a agenda com as collabs, remixes e lançamentos? Alguma viagem ao Brasil nos planos?
Ando focando principalmente na All I Need, minha gravadora. Acabei de remixar o lançamento de Black Circle e estou trabalhando para lançar mais algumas faixas originais pelo selo.
Depois de um verão bastante agitado aqui na Europa, estamos trabalhando na turnê da América do Norte e do Sul para mais tarde no final do ano e início no ano que vem, então esperamos que consigamos fazer o Brasil, finalmente!
Conte um pouco sobre sua nova marca fashion da All I Need e o que inspirou o lançamento
A marca fala da mensagem que queremos transmitir, baseada em nosso primeiro drop: música, liberdade e amor, enfim. Tudo que eu preciso e tudo que precisamos neste mundo!
A última: sempre pedimos dicas para os novos talentos que estão na luta para conseguir um lugar ao sol. Você pode compartilhar alguma mensagem com eles?
O mais importante, na minha opinião, é a parte musical. Faça sua própria música, construa sua própria base de fãs, mas também reserve tempo para seus fãs e seguidores e faça com que eles façam parte de sua jornada.
"Faça sua própria música, construa sua própria base de fãs, mas também reserve tempo para seus fãs e seguidores."
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Photos: Divulgação Andrea Oliva